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Notícias / Mundo

Antártica e Ártico vivem 'estranhas' ondas de calor simultâneas

O comportamento incomum dos polos surpreendeu os cientistas: "Não é um bom sinal quando você vê esse tipo de coisa acontecer"

Ingredi Brunato, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 19/03/2022, às 10h04

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Fotografia meramente ilustrativa do degelo na Antártica - Divulgação/ Pixabay/ girlart39
Fotografia meramente ilustrativa do degelo na Antártica - Divulgação/ Pixabay/ girlart39

Na última sexta-feira, 18, as temperaturas na Antártica chegaram a bater pouco mais de -12º Celsius — o que representa um aumento de 40ºC em relação à média da região. O número foi considerado um recorde por especialistas, que estranharam a medição visto que a estação no local é o outono. 

Ao mesmo tempo, no lado oposto do globo, os pesquisadores do Ártico registravam temperaturas de 30º Celsius mais quentes que a média, o que torna a situação ainda mais atípica. 

"São estações opostas. Você não vê os polos norte e sul derretendo ao mesmo tempo. É definitivamente uma ocorrência incomum", explicou o cientista Walt Meier à Associated Press.

De forma geral, a tendência que temos visto é de o polo sul aquecer mais devagar em comparação ao restante do mundo, de forma que esse recente recorde de calor na Antártica causa estranhamento.

A hipótese de Meier é de que se trata de um episódio isolado. Caso o mesmo se repita nos próximos anos, porém, é sinal de que a situação está conectada ao aquecimento global.

A tendência observada no Ártico, por sua vez, é de uma subida de temperatura três vezes mais rápida que a que ocorre no restante do mundo, de acordo com informações repercutidas pelo Phys Org. Assim, no caso do polo norte, o crescente derretimento do gelo não é uma surpresa tão grande, embora ainda seja preocupante.

"Eu nunca vi nada assim na Antártida", disse o cientista da Universidade do Colorado, Ted Scambos, que retornou recentemente de uma expedição ao continente. 

"Não é um bom sinal quando você vê esse tipo de coisa acontecer", acrescentou Matthew Lazzara, da Universidade de Wisconsin, ainda conforme o veículo.