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Notícias / Animais

Após 170 anos, pássaro considerado extinto reaparece em Bornéu

O desafio agora é descobrir qual é o verdadeiro estado de conservação do Malacocincla perspicillata

Giovanna Gomes, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 09/03/2021, às 07h04

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Pássaro antes considerado extinto - Divulgação/BirdingASIA
Pássaro antes considerado extinto - Divulgação/BirdingASIA

De acordo com a revista Galileu, o Malacocincla perspicillata, espécie de pássaro que não era vista havia cerca de 170 anos e que era considerada extinta, reapareceu na ilha de Bornéu.

A importante descoberta foi realizada por pesquisadores da Indonésia e de Cingapura, que a descreveram na BirdingAsia. Agora o desafio é descobrir o real estado de conservação da espécie tida como "o maior enigma da ornitologia da Indonésia".

A ave foi vista pela primeira vez pelo naturalista alemão Carl A.L.M Schwaner, entre os anos de 1843 e 1848, na ilha de Java. Contudo, apenas uma parte dos dados foi informada por Schwaner sobre o Malacocincla perspicillata e, como após tantos anos nenhum outro espécime foi avistado, os pesquisadores entenderam que o tagarela-de-sobrancelha-negra, como é conhecido, havia sido extinto.

A redescoberta se deu em outubro de 2020, quando os habitantes locais Muhammad Rizky Fauzan e Muhammad Suranto perceberam a presença de um animal que nunca haviam visto. Os pesquisadores capturaram o pássaro, fizeram registros fotográficos e, então, o soltaram.

O próximo passo era levar as imagens a um grupo de ornitólogos. Assim, estes puderam, finalmente, realizar uma descrição detalhada do animal, comparando-o com o encontrado no século 19, o qual está conservado no Museu de História Natural de Leiden, na Holanda. 

"O espécime que observamos era muito distinto, e não se parecia com nenhuma outra espécie de Malacopteron ou Malacocincla de Bornéu, com os quais estamos familiarizados por causa do nosso trabalho de campo nas Grandes Ilhas da Sonda", diz o artigo dos pesquisadores.

Em seguida, eles afirmam: "Concluímos que nossa descoberta representa a primeira documentação do tagarela-de-sobrancelha-negra 'perdido' nos últimos 170 anos, o mais longo 'período de desaparecimento' de qualquer espécie asiática". O artigo com mais detalhes da descoberta podem ser consultados no portal de divulgação da Zenodo.