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Notícias / Civilizações

Após 241 anos, artefatos de chefe havaiano serão repatriados de volta ao seu local de origem

Um traje destinado à realeza havaiana foi dado como um gesto de diplomacia ao explorador britânico, James Cook, em 1779

Alana Sousa Publicado em 14/07/2020, às 13h30

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Montagem do capacete e do manto do chefe havaiano Kalaniʻōpuʻu - Divulgação/Museu da Nova Zelândia Te Papa Tongarewa
Montagem do capacete e do manto do chefe havaiano Kalaniʻōpuʻu - Divulgação/Museu da Nova Zelândia Te Papa Tongarewa

O Museu da Nova Zelândia Te Papa Tongarewa repatriou de forma oficial ao Museu do Bispo Bernice Pauahi de Honolulu, no Havaí, um traje real do chefe havaiano Kalaniʻōpuʻu depois de 241 anos. A instituição abrigada os artefatos de 1912, mas agora, os dois museus juntamente com o Gabinete de Assuntos Havaianos (OHA) garantirão que os objetos fiquem em seu local de origem “perpetuamente”.

O manto de penas (ʻahu ʻula) e o capacete colorido (mahiole) foram dados ao explorador britânico James Cook, em uma reunião na baía de Kealakekua, em janeiro de 1779. O gesto foi uma forma de diplomacia entre as duas civilizações, que se encontravam pela primeira vez. Nos dois encontros que se seguiram entre os havaianos e os britânicos, não havia mais um ar amigável, sendo que mais de 80% da população da ilha foi dizimada pelas doenças trazidas pelos europeus.

O traje era destinado apenas à membros da realeza do Havaí, o manto era minuciosamente feito com raras penas de milhares de aves locais. “Os materiais em si realmente refletem essa abundância de patrimônio natural tecido nessas peças que são simplesmente requintadas”, afirma Melanie Y. Ide, diretora do Museu Estadual de História Natural e Cultural do Havaí.

Após ganhar o presente do chefe nativo, Kames Cook levou o manto e o capacete de volta à Inglaterra, um tempo depois, o traje acabou em posse do colecionador Lord St. Oswald, que doou no início da década de 1910 para o museu, onde permaneceu até os dias atuais.