Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Afeganistão

Após decisão do Talibã, Universidades reabrem no Afeganistão, mas com uma mudança curiosa

Em 29 de agosto, um representante do grupo fundamentalista islâmico revelou as novas regras da educação superior no país

Pamela Malva Publicado em 07/09/2021, às 17h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Fotografia de mulheres afegãs - Getty Images
Fotografia de mulheres afegãs - Getty Images

Em 29 de agosto, um representante do Talibã afirmou que as mulheres do Afeganistão poderiam continuar estudando no país, mas separadas dos homens. Agora, com a volta das Universidades, fotos das salas de aula afegãs têm circulado nas redes sociais.

Inicialmente, logo que voltou ao poder do Afeganistão, o Talibã deixou claro que as mulheres teriam direitos no novo governo, mas sem explicar como isso aconteceria na prática. As salas de aula, então, tornaram-se um grande ponto de partida para compreender como o comando do grupo fundamentalista islâmico poderá atuar.

Acontece que uma foto da Universidade Avicenna, de Cabul, tem gerado preocupação em grupos que defendem os direitos das jovens afegãs. Na imagem, é possível ver mulheres e homens estudando na mesma sala, mas separados por uma cortina cinza.

Ainda que não tenha ficado claro se a segregação da classe foi resultado direto de uma intervenção do Talibã, a imagem reflete a ideia de que o grupo irá, de fato, permitir que mulheres estudem, mas nunca em um ambiente misto, junto de estudantes homens.

Em universidades de Cabul, Kandahar e Herat, professores e estudantes relatam cenas de segregação nas salas de aula. Em entrevista à agência Reuters, muitos afirmam que as mulheres até encontram restrições em certas dependências das faculdades.

Por enquanto, representantes do Talibã ainda não comentaram a foto da sala segregada em Avicenna, nem se alguma medida será tomada à respeito. Uma autoridade do alto escalão do grupo, contudo, afirmou à Reuters que as separações são "completamente aceitáveis", sendo que o Afeganistão tem "recursos e mão de obra limitados, então, por ora, é melhor ter o mesmo professor ensinando os dois lados de uma sala".