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Notícias / Mundo

Após ganhar loteria, creche é ameaçada por gangue no México

O prêmio de 20 milhões de pesos é o motivo dos ataques de um grupo

Pedro Paulo Furlan, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 23/11/2021, às 15h50

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Imagem meramente ilustrativa - Pixabay / Hermann
Imagem meramente ilustrativa - Pixabay / Hermann

Com 100 prêmios de 20 milhões de pesos mexicanos, cerca de cinco milhões e meio de reais na cotação desta terça-feira, 23, a ‘loteria avião’ foi uma movimentação do governo mexicano. Os resultados foram divulgados em setembro do ano passado e uma creche na vila indígena de Ocosingo recebeu uma das recompensas.

A creche ganhou o ticket da loteria de um grupo de doadores anônimos, que compraram uma grande quantidade dos bilhetes e os entregaram para escolas e creches pobres ao redor do México.

No entanto, as coisas estão longe de estarem bem para a comunidade em volta da instituição de ensino. Os pais, parte do conselho da creche, receberam e recebem diversas ameaças diárias de uma gangue para que os comprem armas com o dinheiro, além da violência que tem acontecido em Ocosingo.

Los Petules, a gangue, descobriu a pequena creche logo depois dos resultados terem sido divulgados, e vem a atormentando. Supostamente, estão interessados no dinheiro para atacarem um grupo rival em uma das vilas próximas. 

Sem ceder às ameaças, parte do dinheiro foi gasto na reconstrução de um telhado para creche e o resto foi investido em obras para melhorar a vida da comunidade local. 

Estas ações fizeram com que a gangue começasse a executar ações mais violentas na região: no mês de  março, um dos pais foi baleado por membros do Los Petules por não ter entregado o dinheiro do prêmio e, em outubro, o grupo atacou mulheres e crianças, o que resultou na fuga de 28 famílias de Ocosingo.

Segundo um representante da comunidade, que conversou com a publicação BBC, as autoridades já foram informadas, no entanto, só irão retornar às suas casas caso a gangue for desarmada e dissolvida.

“Perdemos gado, nossas casas, geladeiras, nossas colheitas de milho e feijão, nossas galinhas”, relatou.