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Notícias / Brasil

Após liberação no Brasil, médicos pedem cautela com melatonina

O chamado ‘hormônio do sono’ pode trazer impactos negativos caso seja utilizado sem necessidade, dizem especialistas

Pedro Paulo Furlan, sob supervisão de Pamela Malva Publicado em 01/01/2022, às 16h00

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Imagem meramente ilustrativa - Divulgação/ Pixabay/ Pexels
Imagem meramente ilustrativa - Divulgação/ Pixabay/ Pexels

Em outubro de 2021, a Anvisa permitiu a comercialização de melatonina, seja em comprimido ou líquida, nas farmácias, além de sua venda sem a necessidade de receita, seguindo o exemplo de países da América do Norte e Europa. Cerca de dois meses depois, em dezembro, a venda começou, mas vários especialistas pedem cuidado.

A melatonina é um hormônio naturalmente produzido pelo corpo humano, de maneira a nos auxiliar a regular o nosso sono. Sua produção automática só acontece na falta de luz e é inibida durante o dia, para que o período de descanso seja noturno — no entanto, não há provas o suficiente de que a ingestão artificial produz resultados positivos.

Com esta preocupação em mente, em uma reportagem dos portais BBC Brasil e G1, diversos especialistas expressaram falaram sobre casos em que a melatonina é positiva e seus medos. Neste grupo estava Fernando Mazzilli Louzada, neurocientista da Universidade Federal do Paraná, que explicou o problema com a venda liberada.

É preocupante que a melatonina seja vendida como se fosse um picolé. Não estamos falando de uma substância inócua e seu uso errado pode trazer problemas", afirmou.

Enquanto há pessoas com falta deste hormônio, que necessitam dele para terapia e também que o foram recomendadas dentro de tratamentos diversos, os médicos acreditam que sua venda deveria ser cuidadosa e feita somente com necessidade.

Pensando no funcionamento do resto do corpo em relação a um aumento na quantidade de melatonina no metabolismo, o receio vem do fato deste hormônio natural estar se tornando um produto normalizado. De acordo com a neurologista Dalva Poyares, pesquisadora do Instituto do Sono de São Paulo, não sabemos tudo sobre a substância.

Ainda não existe um consenso de qual é a dose adequada para obter um efeito terapêutico nos pacientes que têm indicação de uso", explicitou a estudiosa.