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Notícias / Cinema

Após quase três décadas, Pulp Fiction gera processo contra Quentin Tarantino

Longa, lançado em 1994, é considerado uma das principais obras do diretor

Fabio Previdelli Publicado em 20/11/2021, às 08h54

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Cena de Pulp Fiction - Divulgação/Miramax
Cena de Pulp Fiction - Divulgação/Miramax

Considerado por muitos como um dos melhores filmes de Quentin Tarantino, o longa ‘Pulp Fiction: Tempo de Violência’ (1994) está rendendo uma enorme confusão entre o diretor e o estúdio Miramax após quase três décadas de sua estreia. 

Tudo porque, Tarantino anunciou que colocou à venda materiais exclusivos da produção, como sete cenas inéditas e partes do roteiro original manuscrito por ele. O material foi digitalizado em formato de NFT

Não há quantidade de dinheiro no mundo que me faria entregar meu roteiro original. Não vale a pena vendê-lo e nem deixar em um museu numa redoma de vidro. Mas fazer dessa forma me parece muito interessante”, comentou o diretor sobre a decisão. 

Mas a Miramax não gostou nada da iniciativa, afinal, segundo explica a Adoro Cinema, o estúdio entrou com um processo contra Tarantino, alegando violação de direitos autorais, já que a obra, legalmente, pertence à eles. 

A Variety informou que a Miramax não foi consultada por Quentin Tarantino, mesmo com ele sabendo que o estúdio possui os direitos de sua obra. Representantes da empresa chegaram a contactar o diretor, que não desistiu de seguir com as vendas. A Miramax diz ter sido lesada, já que também tinha planos de comercializar NFTs de suas obras. 

O advogado de Tarantino respondeu a produtora, alegando que a Miramax está equivocada e que o diretor pode vender o roteiro que ele mesmo escreveu à mão. “Esta tentativa presunçosa de impedi-lo vai fracassar. Esta decisão da Miramax vai manchar a reputação da empresa por muito tempo quando este caso for encerrado”, declarou à Variety.


O que é NFT?

A sigla de non-fungible token ("token não fungível", em tradução livre) representa uma modalidade que permite criptografar um arquivo digital de qualquer tipo, como imagens, fotos, vídeos e músicas em seus arquivos originais, e permitir que exista "itens autênticos", ou seja, únicos no mundo, como se fossem uma só unidade de uma obra de arte.

Qualquer cópia sem a codificação NFT se trataria de uma cópia não autenticada, como um produto pirata ou, simplesmente, uma réplica, podendo gerar valor aos arquivos originais de um item digital. Diferente das criptomoedas, no entanto, os NFTs não são cambiáveis, visto que qualquer tramitação posterior da peça, resultará na alteração de seus dados.

Apesar disso, se os compradores quiserem gerar lucro com a peça adquirida, como um desenho gráfico ou um meme em vídeo, passam a ter o direito livre de seu uso; além de poder requisitar sua retirada em usos comerciais.