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Notícias / Arqueologia

Arqueólogos descobrem enterro viking duplo bizarro

Descoberta na Noruega deixou arqueólogos surpresos ao descobrirem um novo ritual funerário viking

Caio Tortamano Publicado em 22/11/2019, às 14h58

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Reprodução computadorizada dos achados arqueológicos - Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia
Reprodução computadorizada dos achados arqueológicos - Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia

Arqueólogos da Noruega se surpreenderam ao encontrar restos enterrados em botes um acima do outro numa vala de aproximadamente 1.000 anos. No entanto, o que causou mais estranheza foi o fato dos esqueletos terem mais de cem anos de diferença entre si.

Os restos mais recentes datam do século 9, e provavelmente pertencem a uma mulher influente no círculo social viking. Isso porque junto ao corpo dela foram encontrados diversos itens de bronze, um colar de pérolas, tecidos e a cabeça de uma vaca.

O defunto que ficou abaixo do da mulher pertence a um homem que viveu durante o século 8. Os cientistas envolvidos no caso afirmaram ter conhecimento de valas em que fossem enterrados mais de um viking no mesmo local, mas não um em cima do outro.

O arqueólogo encarregado da escavação, Raymond Sauvage, afirmou que depois de descobrirem o sepultamento, ele ficou sabendo de alguns casos de duplos enterros encontrados por volta de 1950, também na Noruega.

Alguns fragmentos do crânio da mulher ainda estão intactos, e os cientistas planejam fazer a reconstrução digital e estudar os restos mortais para tentar descobrir quem foi a mulher encontrada.

Um dos itens que mais chamou atenção dos pesquisadores foi uma cruz de origem celta encontrada com a mulher. Por ter sido feita na Irlanda, o objeto pode indicar que a mulher em questão participou de alguma expedição marítima viking até o atual Reino Unido.

Broche celta encontrado juntamente com a mulher / Crédito: Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia

Historicamente, itens conquistados por vikings em expedições eram utilizados como ornamentos, e indicavam para os aldeões a posição social deles. Uma vez que você frequentava essas viagens, você era de prestígio no meio em que se vivia.

Ainda não se tem certeza sobre o que teria motivado o sepultamento duplo, mas os cientistas tem a teoria de que os dois eram de alguma forma parentes, e foram enterrados juntos para marcar a propriedade da família sobre a terra em que se encontravam.


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