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Notícias / Arqueologia

Arqueólogos encontram etiquetas de identificação de crianças em Sobibor, na Polônia

Foram descobertos identificadores pessoais, feitos de metal, de quatro crianças usadas no campo de concentração

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 26/01/2021, às 13h46

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Um dos identificadores descobertos em Sobibor - Divulgação - Yoram Haimi
Um dos identificadores descobertos em Sobibor - Divulgação - Yoram Haimi

Escavações arqueológicas realizadas na região que abrigava o campo de concentração de Sobibor, na Polônia, revelaram evidências trágicas do passado do local. Pesquisadores descobriram etiquetas de identificação de metal de quatro crianças enviadas ao campo de extermínio.

O trabalho arqueológico está sendo realizado pelos especialistas Wojciech Mazurek da Polônia, Yoram Haimi da Autoridade de Antiguidades de Israel e Ivar Schute da Holanda. Eles foram responsáveis por encontrar os identificadores pessoais de jovens de 5 a 11 anos de idade, todos de Amsterdã, Holanda.

Crédito: Divulgação - Yoram Haimi

Os artefatos continham os nomes, data de nascimento e cidade natal das crianças. Segundo Haimi, pelo que se sabe até agora, “etiquetas de identidade com nomes de crianças só foram encontradas em Sobibor e em nenhum outro lugar”.

“Como as tags são muito diferentes umas das outras, é evidente que provavelmente não foi um esforço organizado. As etiquetas de identidade das crianças foram preparadas por seus pais, que provavelmente estavam desesperados para garantir que os parentes das crianças pudessem ser localizados no caos da Segunda Guerra Mundial”, explicou.

Os nomes identificados pelos pesquisadores eram de Lea Judith De La Penha, Deddie Zak, Annie Kapper e David Juda Van der Velde.

“Venho escavando em Sobibor há dez anos, mas este é o dia mais difícil que já tive”, afirmou o pesquisador. “O mais difícil foi saber que algumas das crianças cujas etiquetas tínhamos em nossas mãos chegaram a Sobibor em um transporte infantil - 1.300 crianças de 4 a 8 anos de idade, que foram enviadas aqui para morrer sozinhas, sem seus pais. Olhei as fotos e me perguntei, como alguém pode ter sido tão cruel?”.