Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Arqueologia

Arqueólogos encontram inusitados campos militares romanos na Península Ibérica

Os assentamentos foram utilizados por legiões do Imperador Augusto contra tropas asturianas em meados do ano 25 a.C.

Pamela Malva Publicado em 05/05/2020, às 14h20

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Imagem meramente ilustrativa do forte asturiano Castro de las Labradas - Divulgação/Junta CyL
Imagem meramente ilustrativa do forte asturiano Castro de las Labradas - Divulgação/Junta CyL

Pela primeira vez, arqueólogos encontraram indícios de campos militares romanos em Zamora, na Espanha. Ambos os assentamentos de guerra foram localizados perto do Castro de las Labradas, forte asturiano da segunda Idade do Ferro, em Arrabalde.

Segundo a equipe liderada por José Ángel Hierro Gárate, os campos militares teriam sido utilizado por tropas do Imperador Augusto em meados do ano 25 a.C.. "São as primeiras evidências de um cerco romano em território asturiano", disse José.

De acordo com os arqueólogos do coletivo Agger, responsáveis pela descoberta, o Castro de las Labradas era o mais importante forte no território asturiano. Localizado em uma colina de 40 hectares, foi habitado entre os séculos 2 e 1 a.C..

Imagem digitalizada da localização dos assentamentos romanos (1 e 2) e do forte asturiano (3) / Crédito: José Ángel Hierro

Singular e histórico, o forte apresenta um sistema de paredes duplas inusitado em construções da Península Ibérica. “É uma solução defensiva. Isso indica que os asturianos fizeram um grande esforço para fortalecer o forte”, explicou José Ángel.

Graças à nova tecnologia utilizada pela equipe de arqueólogos, o piso dos dois campos romanos puderam ser reconstituídos digitalmente. O primeiro deles, menor e mais próximo do forte asturiano, pode ter sido utilizado para disparar artilharia de torção.

O segundo, bem maior, com cerca de 6 hectares, apresentava um portão de clavícula, construção comum no final da República e início do Império Romano. Segundo os arqueólogos, o assentamento foi utilizado para a acomodação de cerca de 3 mil soldados — a metade de uma legião romana da época.