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Notícias / Arqueologia

Arqueólogos testam espadas da Idade do Bronze e descobrem suas funções em batalha

Em um trabalho de testes práticos, a fragilidade das lâminas foram reproduzidas e testadas em tecidos, escudos e materiais simulando o corpo humano

Wallacy Ferrari Publicado em 20/04/2020, às 07h54

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As espadas utilizadas em batalha para testes práticos - Journal of Archaeological Method and Theory
As espadas utilizadas em batalha para testes práticos - Journal of Archaeological Method and Theory

Por via de um método de arqueologia experimental, uma experiência publicada no Journal of Archaeological Method and Theory decidiu testar, na prática, a capacidade de dano de espadas confeccionadas na Idade do Bronze. Munidos de réplicas idênticas às encontradas anteriormente por arqueólogos, os pesquisadores utilizaram as armas em um campo de testes para analisar a eficiência das mesmas em batalha.

Por serem compostas por uma liga de estanho e cobre, a pesquisa se originou no fato das espadas possuírem laminas frágeis que podem danificar facilmente com o uso incorreto. Com isso, os pesquisadores testaram as espadas golpeando as mesmas contra escudos, tecidos, contra outras espadas e em materiais preparados para simular a pele e órgãos humanos.

Um dos mistérios sobre a espada, citado pelo arqueólogo Brian Molly na revista Science, era o fato de que, com a ineficácia dos artefatos, as espadas poderiam ser apenas oferendas de rituais religiosos ou objetos para mostrar status social. Liderada pelo pesquisador Raphael Harmann, da Universidade de Göttingen, foi possível concluir que, apesar da fragilidade, os itens têm as propriedades necessárias para “puramente para uma pessoa”.

Pesquisadores realizam teste prático em campo de batalha / Créditos: Journal of Archaeological Method and Theory

Para a realização os testes de combate, o pesquisador contou com o auxílio de especialistas em combates europeus medievais para reproduzir movimentos e ambientações semelhantes aos usos designados originalmente. Com isso, foi possível descobrir que a espada tinha um motivo para ser frágil: a mesma havia de danificar dentro do oponente para ser ainda mais letal.

Com o metal mutilando internamente, o golpe seria ainda mais preciso e violento, além de fazer com que a espada saia limpa, de acordo com Herman em sua publicação: “Esfaqueie alguém nas entranhas, e você não terá uma marca em sua espada”. Outros tipos de danos, como em choque com escudos e outras espadas, servirão de exemplo para identificar espadas que já estiveram em combates.