A robô ‘artista’ encontrou obstáculos em solo egípcio no mês de outubro
Usando câmeras, um braço robótico e inteligência artificial programada, a ‘artista’ robô Ai-da foi barrada na fronteira do Egito por dez dias, sendo liberada há pouco mais de uma semana, em 21 de outubro.
A alfândega egípcia havia impedido a entrada da máquina por suspeitas de espionagem, devido às câmeras e um modem instalado na artista.
Ai-da foi desenvolvida pelo britânico Aidan Meller, dono da instituição de arte contemporânea Galeria Barn, que fica na cidade de Oxford, na Inglaterra. A ideia era a criação de um equipamento robótico, usando inteligência artificial, que pudesse pintar como um artista humano.
Ai-da está no Egito porque foi convidada para participar de uma instalação de arte moderna nas Pirâmides de Gizé — representando a primeira vez que obras contemporâneas são permitidas nos monumentos históricos em milhares de anos.
O criador da ‘artista’ robô conversou com a publicação inglesa The Guardian sobre a detenção de Ai-da e os processos que foram necessários para finalmente liberar a artista robótica.
Revelando que a liberdade de Ai-da foi alcançada somente por intervenção da embaixada do Reino Unido em Cairo, Aidan Meller agradeceu o auxílio.
Na entrevista, Meller comentou sobre o estresse que tinha passado e contou que haviam pedido que retirasse o modem e as câmeras da robô, ao que ele respondeu: “Eu posso abandonar os modems, mas eu, de verdade, não posso arrancar os olhos dela”.