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Notícias / Crimes

Assassinato de tesoureiro do PT não foi crime político, aponta delegada

Entretanto, um novo fator pode mudar os rumos da investigação de crime cometido por bolsonarista; saiba mais!

Redação Publicado em 16/07/2022, às 08h34

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Jorge Guaranho mata Marcelo Arruda a tiros - Divulgação/ Redes Sociais e Arquivo Pessoal
Jorge Guaranho mata Marcelo Arruda a tiros - Divulgação/ Redes Sociais e Arquivo Pessoal

Enquanto comemorava seu 50º aniversário no sábado da semana passada, 9, o tesoureiro do PT Marcelo Arruda foi morto a tiros por Jorge José da Rocha Guaranho, policial penal e apoiador de Jair Bolsonaro

Apesar de Guaranho ter começado a discussão com participantes da festa de Arruda por motivações políticas, a Polícia Civil do Paraná descartou que o crime tenha ocorrido por ‘incentivos’ dessa natureza; desta forma, Jorge José foi indiciado ontem, 15, por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e por causar perigo a outra pessoa. 

Assim, caso condenado, poderá pegar pena entre 12 a 30 anos de prisão. A investigação concluiu que o atirador foi até a festa por motivos políticos, mas segundo o UOL, não há provas suficientes para constatar que houve, de fato, crime de ódio. 

Ainda na manhã de ontem, a delegada Camila Cecconello, chefe da DHPP que acompanha o caso, concedeu uma entrevista coletiva para falar sobre o caso, citando o depoimento da mulher do atirador como parte importante no processo. 

Ele teria dito [à esposa]: 'isso não vai ficar assim, nós fomos humilhados. Eu vou retornar'", aponta. 

Segundo Cecconello, após deixar a esposa e a filha de 3 anos em casa, Jorge José da Rocha Guaranho retornou ao local — ela e a bebê de 3 meses estavam no banco de trás do veículo quando o atirador se aproximou da festa pela primeira vez aos gritos de "Bolsonaro mito” e de insultos ao PT. 

Com a discussão, Arruda teria jogado areia no veículo, conforme mostram câmeras de segurança do local. É então que Jorge José mostrou uma arma. "A esposa dele ficou nervosa. Ela relata que foi atingida pela terra e que pediu ao marido para ir embora. Aí, o agente penitenciário vai embora para casa", diz a delegada. 

"Não há provas de que ele voltou para cometer crime político. É difícil falar que ele matou pelo fato de a vítima ser petista. Ele voltou porque se mostrou ofendido pelo acirramento da discussão", continua. 

Celular será uma prova chave

Após uma série de críticas pela conclusão, Camila Cecconello foi entrevistada no fim do dia pela GloboNews e admitiu que o celular de Guaranho pode se tornar uma peça-chave para dar novos rumos à investigação.

A primeira providência que nós tomamos foi solicitar e foi tentar descobrir quem estava na posse desse celular, e imediatamente representamos pela apreensão do celular e pela autorização para acesso. A extração dos conteúdos desse celular é importante sim, porque no celular muitas vezes o autor pode ter comentado que ia fazer, pode ter dado alguma opinião. Então, a análise do celular é muito importante sim e pode trazer algum elemento novo na investigação”, explicou. 

“Mas como temos um prazo a cumprir [o inquérito precisa ser entregue até a próxima terça-feira, 19], sob pena de que o não cumprimento do prazo pode acarretar a soltura desse suspeito, do réu, nós temos que relatar o inquérito com os elementos que nós temos e claro aguardar”, completou a delegada.