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Notícias / índia

Ativistas contrários à Lei de Emenda à Cidadania na Índia são acusados de conspiração

A polícia de Déli investiga o grupo por ter instigado violência em protesto

Giovanna de Matteo Publicado em 28/09/2020, às 09h23

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Imagem mostra manifestantes em Seelampur, em Déli - Divulgação / Twitter
Imagem mostra manifestantes em Seelampur, em Déli - Divulgação / Twitter

Durante dois meses, vários membros do grupo no WhatsApp nomeado "Grupo de Apoio ao Protesto em Déli" (GAPD), formado por integrantes da sociedade civil, foram chamados para depor na Índia acusados de conspiração.

O objetivo da investigação da polícia de Déli no caso dos protestos no nordeste da cidade é um grupo de ativistas contrários à Lei de Emenda à Cidadania (LEC).

Aproximadamente 3.000 capturas de tela do grupo foram analisadas. As conversas revelam que o grupo participava da coordenação dos protestos. Suas ações incluíam o envio de comitês de checagem de fatos nos locais onde havia casos de violência policial, organização de discursos e a realização de protestos sentados toda vez que alguém fosse detido em um local de protesto, apesar de negarem exercer liderança nos protestos contra à LEC.

A polícia investiga discussões no grupo que podem ter levado à ação de um protesto mais violento, a respeito de um bloqueio de estrada.

As mensagens mostram que havia uma parte do grupo que era a favor do bloqueio da estrada no nordeste de Déli, mas havia outros que não consentiam. Uma testemunha da reunião contou em anonimato a The Quint o que aconteceu: "Aqueles que queriam bloquear a estrada tinham suas razões. Eles diziam que estavam fartos por nada estar acontecendo com a realização apenas de protestos sentados. De que estavam ficando sem recursos e que estava se tornando mais difícil mobilizar as pessoas. Eles queriam fazer algo grande para chamar a atenção. O outro lado estava preocupado que o bloqueio da estrada, que liga Déli ao oeste de Uttar Pradesh, poderia levar a violência na região."

O bloqueio da estrada teve início em 23 de fevereiro. À tarde, Kapil Mishra, do Partido do Povo Indiano, chegou a Maujpur, a pouco menos de um quilômetro do lugar que os manifestantes contra a LEC protestavam sentados, e ameaçou remover o bloqueio à força, caso a polícia não agisse. O protesto acabou com casos de brutalidade e apedrejamento.

Agora, polícia de Déli tenta encontrar respostas do por que as pessoas não levaram a sério as mensagens sobre uma possível truculência, e se elas também seriam cúmplices dos distúrbios, mesmo tendo se opondo à ação, ou apenas se abstendo.