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Notícias / Cultura

Autores resgatam escritos de avô que sobreviveu ao Genocídio Armênio e fugiu para o Brasil

Uma História Real do Genocídio Armênio: Os diários do meu avô, de Marcelo Arakelian e Roberto Abdallah apresenta as emocionantes memórias de Artin Sarkis Arakelian

Victória Gearini Publicado em 07/01/2021, às 16h49

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Sobreviventes do Genocídio Armênio - Getty Images
Sobreviventes do Genocídio Armênio - Getty Images

Recém-lançada pela Editora 1915, a obra Uma História Real do Genocídio Armênio: Os diários do meu avô, de Marcelo Arakelian e Roberto Abdallah, conta a emocionante saga de Artin Sarkis Arakelian, sobrevivente do Genocídio Armênio e avô dos escritores.

Neste ilustre livro, os autores resgatam a trajetória do homem, que aos 15 anos enfrentou uma intensa jornada entre a Europa e o Oriente Médio para salvar sua família dos crimes cometidos pelos turcos otomanos, que mataram mais de um milhão e meio de armênios.

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Uma História Real do Genocídio Armênio: Os diários do meu avô, de Marcelo Arakelian e Roberto Abdallah (2020) / Crédito: Divulgação / Editora 1915

Considerado um dos piores genocídios da história da humanidade, o Holocasuto Armênio foi o extermínio sistemático feito pelo governo otomano contra povos armênios.

Estima-se, ainda, que cerca de 250 intelectuais e líderes comunitários armênios foram presos e executados pelas autoridades, em Constantinopla.

Neste cenário caótico e desolador, Artin Sarkis Arakelian conseguiu sobreviver aos dias mais sangrentos da Primeira Guerra Mundial, resistindo à opressão otomana.

Mais tarde, após fugir para o Brasil, o sobrevivente passou a escrever, diariamente, suas memórias mais profundas e íntimas sobre os horrores que presenciou durante os massacres cometidos pelos turcos otomanos.

Ao terem acesso aos escritos emocionantes da vítima, Marcelo e Roberto, analisaram minuciosamente os diários do avô, revelando os eventos ocorridos entre 1895 e 1917. Com riqueza de detalhes, os autores apresentam os horrores vividos por Artin e refletem, ainda, as consequências na vida da testemunha dos massacres turcos.

“Trabalhando milhares de horas nesses materiais, fizemos uma minuciosa atividade de artesão, identificando todas as palavras, passagens e principalmente as emoções registradas. Foram anos de trabalho no qual nos orgulhamos muito”, escreveram os autores no prefácio da obra. 

Em entrevista ao site Estação Armênia, Marcelo Arakelian revelou que eles utilizaram o diário de Anne Frank como referência de publicação. Além disso, contou que a ideia de lançar o livro foi motivada pelo desejo em deixar um legado para a família. 

“Realmente existe uma carga emocional muito grande, ainda mais por tratar da nossa essência. Dia a dia, página a página, fomos descobrindo passagens que nem os nossos pais tinham ideia que havia acontecido, então a gente se emocionava constantemente, literalmente chorávamos sobre as páginas do diário”, disse Marcelo Arakelian ao Estação Armênia.

Disponível na Amazon em formato Kindle, em suma, a obra trata-se de um importante relato histórico sobre as motivações das atrocidades cometidas pelo exército otomano. Além disso, revela os impactos na vida do sobrevivente que resistiu aos horrores da brutal guerra que matou mais de um milhão e meio de armênios.

Confira abaixo um trecho de Uma História Real do Genocídio Armênio: Os diários do meu avô (2020): 

“Muito antes de eu nascer, quando meu pai tinha 28 anos, no ano de 1895, a Turquia era governada pelo Sultão Abdulhamid II, ele era um rei muito sangrento. Seu império já estava em decadência, e na tentativa de manter a soberania otomana na região, apelou para uma política de extermínio das minorias do império. Temia que seu vasto território fosse particionado em várias nações, dessa forma começou uma perseguição terrível contra os armênios. Isso seria somente o início da ‘causa armênia’. Então deu a ordem para eliminar todos os armênios que habitavam o Império Otomano.

Se o povo não conseguisse fazer o massacre, o Rei então enviava os soldados para ajudar a matar os sobreviventes. Os armênios não podiam nem levantar a cabeça, era proibido para nós, comprarmos armas, somente poderíamos ter faca de cozinha. Se os Turcos descobrissem armas na casa de armênios, eles tomavam e condenavam à pena de morte”.


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100 Anos do Genocídio Armênio: Negacionismo, Silêncio e Direitos Humanos, de Maria Luiza Carneiro, Carlos Eduardo Boucault e Heitor Loureiro (2019) - https://amzn.to/3nlT6DN

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