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Banheiro da Era Viking traz revelações sobre seus usuários

Descoberta muda a forma como vemos os vikings e causou controvérsia entre acadêmicos

Thiago Lincolins Publicado em 26/06/2017, às 13h03 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h35

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A implacável força viking - Shutterstock
A implacável força viking - Shutterstock

Durante escavações em uma área de antigo campo nórdico, arqueólogos do Museu Sudeste da Dinamarca cavaram um buraco com dois metros de profundidade. Não esperavam que ele seria o banheiro mais antigo do país. A partir de datação de radiocarbono na camada de fezes, chegaram à conclusão de que pertenciam a humanos e foram depositadas lá 1000 anos atrás. "Estávamos procurando por casas semi-enterradas e,  da superfície, parecia ser uma, mas logo percebemos que era algo totalmente diferente", diz a estudante de doutorado, Anna Beck, do Museu Sudeste da Dinamarca.

A descoberta de que as fezes pertenceram à humanos, é um caso de interpretação. Nos resíduos havia pólen de flores, que é encontrado no mel. "A interpretação é que o pólen é mel, e seria improvável que mel fosse usado para alimentar animais naquele período", diz Beck. Talvez os vikings estivessem apreciando uma sobremesa ou, mais ao seu estilo, o pólen estivesse no hidromel, fermentado de mel que era uma de suas bebidas favoritas. 

O achado bate de frente com teorias sobre os hábitos sanitários do tempo dos vikings. "Acreditávamos que as pessoas faziam suas necessidades no celeiro junto com os animais, para usar os seus resíduos como fertilizantes", diz Beck. 

O que fez com que o achado encontrasse resistência nos meios acadêmicos. Kjartan Langsted, diretor do Museu Nordsjælland, afirmou ao Science Nordic que "você tem que considerar que as fezes podem ter ido parar lá por outros meios". 

Beck defende sua pesquisa: "Sabemos que animais, que viveram previamente sob o mesmo teto que os humanos por milênios, foram tirados da casa das pessoas por essa época. A distância entre os animais e humanos se tornou maior, física e mentalmente. Essa ideia não bate com a imagem deles sentando no estábulo para defecarem entre os animais."

Como se pode ver, para os arqueólogos, a expressão "deu m*rda" tem um total outro significado.