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Notícias / Política

'Barraco' em frente às câmeras e seguidor de Hitler: o candidato que disputa o 2° turno na Colômbia

O empresário que disputa a presidência coleciona momentos polêmicos em sua saga política

Isabelly de Lima, sob supervisão de Publicado em 30/05/2022, às 19h21

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Rodolfo Hernández em entrevista, em maio de 2022 - Reprodução Youtube / RED MÁS Noticias
Rodolfo Hernández em entrevista, em maio de 2022 - Reprodução Youtube / RED MÁS Noticias

O candidato de direita no segundo turno das eleições presidenciais da Colômbia já tem nome: Rodolfo Hernández. Ele chegou na disputa com um grande crescimento nas pesquisas da reta final, contabilizando 27,9% dos votos, contra 40,4% do esquerdista Gustavo Petro, de acordo com o G1. Com 77 anos, o empresário já foi prefeito de Bucaramanga, no nordeste do país.

Identidade nada secreta                           

Nascido na cidade de Piedecuesta, no norte da Colômbia, em 1945, Hernández construiu sua fortuna através da construção civil, principalmente com a venda de moradias em um período crítico da economia colombiana.

Uma espécie de programa de financiamento foi criado por sua família, que consistia na ideia de que a pessoa que o aderisse pagasse as parcelas diretamente à Hernández. Ele entrou no ramo político como alguém de fora, ausente do meio político, prometendo grandes mudanças.

Íngrid Betancourt, personagem importante na política do país, abdicou de sua candidatura à presidência pata apoiar o empresário. Tal ação foi uma das primeiras coisas que impulsionaram o aumento da popularidade e da intenção de voto de Hernández.

Um costume que os apoiadores do então candidato possuem é vestir a camisa da seleção colombiana de futebol. Ainda que ele seja apoiador da ideia de dissolver a federação nacional do esporte, pois, para ele, a entidade é um circo para a população, como afirmou em suas redes sociais, algumas vezes.

Rodolfo Hernández em entrevista ao programa Teleantioquia Noticias - Reprodução Youtube / Teleantioquia Noticias

Colecionador de polêmicas

Algumas polêmicas fizeram com que Hernández fosse investigado pela Procuradoria-geral da Colômbia. Um levantamento de 2019 revelou que o empresário possuía 34 processos em aberto. Ainda quando era prefeito, em 2018, o candidato à presidência agrediu, em frente às câmeras, um vereador.

De acordo com ele, Jhon Claro não estava o deixando falar e se comportava como em uma “ditadura”. Hernández então se levantou, disse algumas palavras inaudíveis na gravação e bateu na cabeça do vereador. O que o rendeu um afastamento de 3 meses e uma multa de 95 milhões de pesos (cerca de R$ 113 mil).

A fala mais polêmica do candidato aconteceu em 2016, quando, em entrevista à rádio RCN, ele afirmou ser adorador de Adolf Hitler. Quando deu início à sua candidatura, ele disse que cometeu um engano e que o nome real, na verdade, era de Albert Einstein, o físico.

"Sou seguidor de um grande pensador alemão. Seu nome é Adolf Hitler".

Ele também tem contra si um processo aberto para investigar um possível desvio de dinheiro. O caso analisa irregularidades no contrato feito para “implementar novas tecnologias de gestão de resíduos no aterro de El Carrasco”.

Mesmo que ele sustente o discurso de ser anticorrupção. Hernández, em audiência de instrução do julgamento, em abril deste ano, não aceitou acusações como falsidade ideológica, contrato sem cumprimento e requisitos legais e interesse indevido em celebrar contratos, de acordo com o Ministério Público. A investigação segue em aberto.

Outro ponto importante de seu discurso é o interesse em contribuir para o processo de legalização da maconha no país. Segundo ele, como já afirmado em diversas ocasiões, a Colômbia tem a melhor maconha do mundo e essa produção pode ser uma indústria que gere fontes de renda e empregos.

Ainda de acordo com ele, se o país mantiver o desenvolvimento atual, algo que logo chegará no mesmo ponto é a cocaína, outra possível grande fonte de renda.