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Notícias / Ucrânia

Bisneto de sobreviventes do Holocausto, judeu abriga refugiados ucranianos em casa

Jan Gerber revela que seria impensável não ajudar os outros diante do que foi feito com sua família, entenda!

Fabio Previdelli Publicado em 12/04/2022, às 13h58

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Guarda fazendo ronda nos Guetos de Varsóvia - Domínio Público via Wikimedia Commons
Guarda fazendo ronda nos Guetos de Varsóvia - Domínio Público via Wikimedia Commons

Descendente de sobreviventes do Holocausto, o judeu polonês Jan Gerber, de 42 anos, encontrou uma forma de retribuir a boa ação que pessoas do passado tiveram com seus familiares que tentavam fugir do brutal plano elaborado por Adolf Hitler

Com isso, Gerber abriu as portas de seu apartamento, em Varsóvia, para abrigar refugiados ucranianos que deixaram seu país de origem após a invasão russa. “Minha família sobreviveu à guerra porque alguém os ajudou. Eles eram refugiados. É por isso que estou aqui”, disse à CNN.

Graças a aquele tempo, posso ajudar outras pessoas”, prosseguiu. 

O apartamento de 37 metros quadrados, que divide com sua namorada, fica localizado a poucas quadras de distância de onde um dia foram os Guetos de Varsóvia, local que serviu de confinamento para judeus que mais tarde seriam levados até os bárbaros campos de concentração. 

Gerber diz que seria impensável ele não ajudar os outros que um dia estiveram em situação semelhante ao de seus parentes. Quando, recentemente, uma ucraniana chegou ao local junto de seu filho pequeno, o judeu não pensou duas vezes em ceder seu próprio colchão para a família, a terceira a se instalar na moradia. 

“Não é um apartamento grande”, diz em tom de lamentação aos hóspedes, que agradecem a estadia. Jan explica que ele e sua namorada convidam os refugiados a ficarem em seu apartamento até que encontrem um lugar permanente para viverem. 

Tudo o que possuo e tenho na minha vida está neste apartamento”, declarou à CNN. “Eu não sei se é fé ou tradição. Mas eu preciso [fazer isso]”.

Em 24 de fevereiro, a Rússia invadiu a Ucrânia para o início de sua “operação militar especial”, como o próprio presidente russo Vladimir Putin nomeou o ato. Além da ordem para que a nação vizinha não faça parte da OTAN, os russos lutam em prol do reconhecimento da região separatista de Donbass.