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Notícias / Segunda Guerra

Bispos católicos reconhecem ter sido cúmplices da Alemanha nazista

Em novo relatório, os pontífices alemães afirmam que “olharam para o outro lado” durante a Segunda Guerra Mundial

Pamela Malva Publicado em 06/05/2020, às 17h00

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Adolf Hitler com o embaixador do Vaticano em 1935 - Divulgação
Adolf Hitler com o embaixador do Vaticano em 1935 - Divulgação

Após revisar os horrores ocorridos durante a Segunda Guerra Mundial, o Conselho de Bispos Católicos da Alemanha emitiu um novo relatório com uma conclusão inusitada. No documento de 23 páginas, os pontífices dizem ter sido cúmplices dos nazistas.

Ainda que indiretamente, segundo o relatório, os bispos católicos reconhecem ter permitido a ascensão de Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. Nesse sentido, o Conselho afirmou que não fez o suficiente para se opor ao regime nazista.

Enquanto o Vaticano condenava as leis raciais de Hitler, em 1937, a igreja alemã teve um posicionamento diferente. “Como os bispos não se opuseram à guerra com um claro 'não', e a maioria deles reforçou a vontade da Alemanha de resistir, eles se tornaram cúmplices da guerra”, explica o relatório.

Imagem coloridade de Adolf Hitler / Crédito: Divulgação

Ainda de acordo com o documento, a Igreja Católica alemã cooperou ativamente no regime nazista. Entre as suas atuações, estavam a conversão de igrejas em hospitais militares, o despache de freiras para trabalhar como enfermeiras e o envio de padres para as linhas de frente, a fim de orientar e confortar os soldados de Hitler.

“Os bispos podem não ter compartilhado a justificativa dos nazistas para a guerra com base na ideologia racial, mas suas palavras e imagens deram socorro aos soldados e ao regime”, pontua, por fim, o relatório do Conselho. 

Para o Reverendo Georg Batzing, presidente da conferência dos bispos, “nenhuma geração está livre de julgamentos e preconceitos que são moldados pelo seu tempo. Mas quem vem depois deve enfrentar a história para aprender com ela”.