A dose diária que ele tomava era exacerbadamente maior que a recomendada
Redação Publicado em 12/07/2022, às 16h17
Um britânico sofreu recentemente de uma overdose de vitamina D — condição também chamada de hipervitaminose D — após seguir recomendações de nutricionista de um programa de rádio. O caso chama a atenção para o elevado número de pessoas que consome suplementos alimentares sem as orientações adequadas.
O paciente, que não teve sua identidade revelada, tomava mais de 20 suplementos de venda livre ao longo de um dia, incluindo 50 mil unidades internacionais de vitamina D três vezes ao dia — unidade de medida que equivale a 0,01 mililitro, ou seja, 500 mililitros de vitamina D, três vezes ao dia. Como informado pela CNN, a dose é centenas de vezes maior que a recomendação de nutricionistas.
O paciente teria ouvido falar sobre os suplementos em programa de rádio e ligado para o nutricionista que falava logo em seguida, como informado pelo médico Alamin Alkundi. "O registro por órgãos regulatórios não é obrigatório para nutricionistas no Reino Unido, então qualquer um pode atuar como nutricionista", acrescentou o especialista.
Após um mês tomando os suplementos sem ascompanhamento médico, o britânico teria passado a apresentar náusea, dor abdominal, diarreia, vômito; sem contar câimbras nas pernas e zumbido nos ouvidos. No entanto, quando os sintomas começaram a surgir em seu corpo, ele teria parado de tomar os suplementos, mas os efeitos colaterais não cessaram.
Dois meses depois, quando finalmente foi encaminhado ao hospital, o homem já havia perdido 12,7 kg e apresentava problemas nos rins, como informado pela UOL. Testes realizados mostraram que ele teve uma overdose de vitamina D, tendo consumido, como informado pelo médico Alkundi, uma dose diária de 150 mil unidades de vitamina D — 375 vezes a quantidade recomendada. Ele também estava com hipercalcemia, condição caracterizada pelo excesso de cálcio no sangue.
O paciente foi hospitalizado por oito dias e tratado com medicamentos próprios para que o nível de cálcio no sangue diminuísse. Dois meses depois, outro exame foi realizado e os níveis de cálcio no sangue já estavam quase normalizados.
Tivemos contato com ele e ele relatou que se sente bem melhor, mas ainda não voltou ao seu estado normal", disse o médico Alamin Alkundi à CNN.
