Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Arqueologia

Cálice do século 5 coberto por grafites cristãos é encontrado na Inglaterra

Além do achado único na região, os arqueólogos ainda descobriram os fundamentos de uma igreja da mesma época

Pamela Malva Publicado em 31/08/2020, às 10h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Fotografia das ruínas em Northumberland - Divulgação/Jaime Pharr
Fotografia das ruínas em Northumberland - Divulgação/Jaime Pharr

Durante escavações em Northumberland, na Grã-Bretanha, arqueólogos fizeram algumas descobertas intrigantes. Além dos fundamentos de uma igreja do século 5 ou 6, os especialistas ainda identificaram um cálice coberto por grafite cristão.

"Quando pensamos em grafite, tendemos a pensar em vandalismo", explica o Dr. David Petts, especialista no início do cristianismo pela Universidade de Durham. "Mas sabemos de muitas igrejas medievais em que as pessoas pintavam símbolos nos edifícios".

Para os cientistas, contudo, é impressionante que tais iconografias religiosas tenham sido gravadas em um cálice de chumbo do século 5. Nesse sentido, o achado representa o primeiro exemplo conhecido de grafite cristão em um objeto na Grã-bretanha.

Fragmento do cálice coberto por grafite / Crédito: Vindolanda Charitable Trust

Na peça, os arqueólogos identificaram desenhos de cruzes, anjos, uma figura sacerdotal, peixes, uma baleia e alguns navios. Isso sem contar as inscrições em latim, grego e possivelmente em Ogam — uma escrita medieval — que ainda não foram decifradas.

Dividido em 14 fragmentos, o cálice foi encontrado no forte romano de Vindolanda, que é um dos principais sítios arqueológicos da Europa, localizado perto da Muralha de Adriano. Segundo os cientistas, o objeto indica a importância religiosa do local.

Para Dr. Andrew Birley, diretor das escavações, encontrar a antiga igreja é incrível, mas descobrir um cálice tão raro é ainda melhor. Ao Observer, ele explicou que o achado "é simplesmente notável. Nada no noroeste da Europa chega perto desse período".