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Notícias / Estados Unidos

Câmara dos Estados Unidos aceita impeachment de Trump

Indiciado por abuso de poder e obstrução do Congresso, o processo que envolve Donald Trump será levado ao Senado, onde republicanos são maioria

Redação Publicado em 18/12/2019, às 22h58

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Cartaz a favor do impeachment de Trump - Getty Images
Cartaz a favor do impeachment de Trump - Getty Images

Após meses de árduas investigações, a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou a primeira parte do impeachment do presidente Donald Trump. 

Trump foi indiciado pela tentativa de que um líder estrangeiro interferisse em seu favor na eleição de 2020 - que lhe rendeu 230 votos a favor e 197 contra na sessão ocorrida hoje, 18 de dezembro. O americano teria pressionado o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a investigar Hunter Biden, filho de Joe Biden — pré-candidato democrata e um dos principais concorrentes nas eleições do ano que vem. 

Além disso, opositores consideraram que Trump teria dificultado as investigações contra o ato controverso, violando a Constituição dos EUA. Assim, recebeu 229 votos a favor e 198 contra. Com os 216 votos necessários para aceitar as denúncias, o político será julgado no Senado em janeiro.

E agora?

A última parte do processo culmina no Senado, durante um julgamento que será supervisionado pelo presidente da Suprema Corte, cargo atualmente ocupado por John Roberts. O júri será formado por 100 senadores que serão os jurados do caso, já um grupo de representantes da Câmara atuaria no papel da promotoria.

Após todos os pontos serem esclarecidos e apresentados, ocorre uma votação na qual é necessário que dois terços deles aprovem o pedido para que o vice-presidente Mike Pence assuma o posto que seria deixado por Trump.

Se os republicanos eram minoria na Câmara, no Senado essa situação se inverte. O grupo dos 100 é composto por 53 republicanos, 45 democratas e 2 independentes (Bernie Sander e Angus King, que são mais alinhados com os democratas). Levando isso em consideração, 20 republicanos teriam que ‘mudar de lado’ na votação.

O impeachment na história dos EUA

A história americana já passou por quatro processos de impeachment, mas nenhum deles chegou a ser aprovado. Relembre-os.

O primeiro deles ocorreu em 1860, quando o país era presidido por James Buchanan, que na ocasião recebeu duras acusações de corrupção e até mesmo um grupo foi formado na Câmara para investigá-lo, mas faltas de provas concretas encerraram o caso.

Oito anos depois foi a vez do processo contra Andrew Johnson passar pelo pleito. A principal acusação foi pela violação do Ato de Posse de Ofício, especificamente ele tentou retirar do cargo Edwin M. Staton, Secretário de Guerra, e substituí-lo por Lorenzo Thomas. Ele acabou não sendo condenado em um dos artigos pela votação de 35 a 19, o que significa que apenas um voto impediu seu impeachment.

Bill Clinton já passou pelo processo de impeachment em 1998 / Crédito: Reprodução


O terceiro deles foi de Richard Nixon por envolvimento no caso Watergate, mas ele acabou renunciando durante o processo, quando sua condenação parecia iminente. O último entre eles foi de Bill Clinton em 1998 sob duas acusações, uma de perjúrio e outra de obstrução da justiça,  que surgiram após o escândalo do caso Monica Lewinsky. Clinton acabou sendo absolvido no Senado, no qual obteve apenas metade dos votos necessários.