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Notícias / França

Cemitério judaico na França é alvo de pichações nazistas

Cerca de 100 túmulos amanheceram pichados em Westhoffen. O presidente Emmanuel Macron declarou que “o antissemitismo é um crime e vamos combatê-lo”

Fabio Previdelli Publicado em 04/12/2019, às 11h13

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O cemitério que foi alvo do vandalismo - Divulgação Twitter/ Préfet de la région Grand Est et du Bas-Rhin
O cemitério que foi alvo do vandalismo - Divulgação Twitter/ Préfet de la région Grand Est et du Bas-Rhin

Mais de 100 túmulos em um cemitério judeu na França amanheceram na última terça-feira, 3, com pichações antissemitas e suásticas nazistas. O caso aconteceu em Westhoffen, na Alsácia, leste da França, na região onde ocorreram atos similares nos últimos meses.

O cemitério tem cerca de 700 túmulos, mas somente as lápides da parte mais antiga foram vandalizadas com “cruzes gamada”, explicou Maurice Dahan, presidente do consistório israelense do departamento do Baixo Reno. Em entrevista à AFP, ele diz estar "consternado, em choque".

Mais de 100 túmulos em um cemitério judeu na França amanheceram na última terça-feira, dia 03, com pichações antissemitas e suásticas nazistas / Crédito: Twitter Préfet de la région Grand Est et du Bas-Rhin

Em seu twitter, o presidente da França Emmanuel Macron prometeu combate a onda antissemita que vem se espalhando pelo país. “Os judeus são e fazem (parte) da França. Quem os ataca, mesmo em seus túmulos, não é digno da ideia que temos da França. O antissemitismo é um crime e vamos combatê-lo, em Westhoffen como em toda parte, até que nossos mortos possam dormir em paz”.

O ataque ao cemitério ocorreu menos de 24 depois que a vila de Schaffhouse-sur-Zorn, localizada a cerca de 20 quilômetros de distância, também foi vandalizada com os mesmos insultos.

Nesta quarta-feira, 4, o ministro francês do interior, Christophe Castaner, visitará o local para realizar uma “cerimônia de recolhimento”. Além das suásticas, em um dos túmulos também é possível ver que os pichadores escreveram o número 14, que é considerado um símbolo de supremacia branca.

A região da Alsácia, que faz fronteira com a Alemanha, vem sofrendo ataques de vandalismo racista ao longo de todo esse ano. Em fevereiro, um cemitério em Quatzenheim, a cerca de 15 quilômetros de Westhoffen, teve 96 túmulos profanados.

Já em abril, as paredes da prefeitura de Dieffenthal foram alvo de pichações racistas e antissemitas, assim como a fachada da casa de uma vereadora de Schiltigheim, perto de Estrasburgo. Além desses casos, uma escola em Estrasburgo e uma antiga sinagoga em Mommenheim foram vandalizadas.