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Notícias / Arqueologia

Cerâmicas do século 11 eram usadas como 'granadas', sugere estudo

Os objetos, até então interpretados como simples vasos de cerâmica, podem ter tido uma função mais violenta

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 26/04/2022, às 12h16

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Fotografias de alguns dos vasos analisados - Divulgação/ PlOS ONE
Fotografias de alguns dos vasos analisados - Divulgação/ PlOS ONE

Os inúmeros vasos de cerâmica deixados pelas civilizações passadas possuíam diversos usos diferentes. Análises de resíduos encontrados no interior desses artefatos revelaram que eles eram utilizados para guardar bebidas, comidas, especiarias, óleos e medicamentos, por exemplo. 

Um estudo recente publicado na revista Plos One, porém, descobriu outra função de jarros dos séculos 11 e 12 encontrados em Jerusalém: a de explosivos de mão. A conclusão foi alcançada após a identificação de materiais inflamáveis ao fundo de alguns desses itens históricos. 

"Esses vasos foram descritos no tempo das Cruzadas como granadas lançadas contra as fortalezas dos soldados cruzados, produzindo ruídos altos e flashes de luz brilhante", apontou Carney Matheson, o líder da pesquisa, conforme repercutido pelo Phys.org. 

Granadas medievais

Especulações anteriores a respeito dos registros históricos de explosivos de mão defendiam que eles poderiam consistir em pólvora negra, um material que começou a ser usado na China ancestral. 

O artigo de Matheson, no entanto, mostra que se tratava de outra substância inflamável, possivelmente produzida localmente. 

"Mais pesquisas sobre esses invólucros e seu conteúdo explosivo nos permitirão entender a antiga tecnologia explosiva do período medieval e a história das armas explosivas no Mediterrâneo Oriental", concluiu o especialista em antropologia e arqueologia. 

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