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Notícias / Mundo

China comenta caso da tenista Peng Shuai pela primeira vez: 'Deveriam parar de exagerar'

A atleta desapareceu por semanas após acusar um ex-funcionário de alto-escalão de assédio sexual

Pedro Paulo Furlan, sob supervisão de Pamela Malva Publicado em 23/11/2021, às 20h00

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Peng Shuai em torneio de tênis (2020) - Getty Images
Peng Shuai em torneio de tênis (2020) - Getty Images

No começo de novembro, a campeã internacional de tênis chinesa Peng Shuai fez uma acusação de assédio sexual a um ex-funcionário de alto escalão do Partido na China. Depois disso, seu nome começou a ser censurado nas redes sociais e não houveram mais notícias dela, seja na internet ou em eventos presenciais.

No entanto, a chinesa supostamente voltou a expressar-se e fez algumas aparições nos últimos dias. A comunidade internacional, no entanto, continua suspeitando que ela está sendo controlada de alguma forma pelo governo chinês. 

Nesta terça-feira, 23, então, pela primeira vez, o governo da China posicionou-se sobre o caso da tenista, sobre o qual não havia falado nada, além das mídias estatais, durante todo o período de preocupação internacional. Segundo a cobertura do portal de notícias BBC, o representante do Partido, Zhao Lijan, falou com repórteres sobre o assunto.

Eu acredito que todos vocês viram que ela [Shuai] participou de alguns eventos públicos e fez uma ligação de vídeo. Acho que algumas pessoas deveriam parar de exagerar o caso deliberadamente e maliciosamente”, afirmou.

A ligação à qual Lijan se refere é um encontro que ocorreu entre a tenista e o presidente do Comitê Olímpico Internacional (IOC), na qual ela pareceu “bem e segura”, nas palavras do interlocutor. Além disto, ela também marcou presença na etapa final de um torneio de tênis para adolescentes.

O problema em questão agora é a segurança da atleta e as suspeitas de que ela está sendo censurada e controlada pelo Estado chinês. Nesse sentido, a organização Human Rights Watch expressou sua preocupação e desacordo com a ligação de vídeo organizada pelo IOC, chamando-a de ‘colaboração’.

Isto enfraquece seu [da IOC] cometimento expresso para com os direitos humanos, em especial os direitos e segurança dos atletas”, declararou a organização.