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Notícias / Europa

Churchill chegou a cogitar ataques contra a União Soviética com armas nucleares em 1951

De acordo com o historiador Richard Toye, os documentos revelam que o premiê do Reino Unido planejou uma ação preventiva

Wallacy Ferrari Publicado em 12/09/2020, às 13h03

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Churchill em retrato, junto de Stalin - Wikimedia Commons
Churchill em retrato, junto de Stalin - Wikimedia Commons

Em novos documentos acessados pelo o Departamento de História da Universidade de Exeter, descobriu-se que Winston Churchill — premiê do Reino Unido de 1940 a 1945 e regressou ao cargo entre 1951 e 1955 — cogitou iniciar uma guerra nuclear preventiva contra a União Soviética, meses antes de iniciar seu segundo período de governo.

De acordo com o jornal The Times, a conclusão foi obtida pelo historiador Richard Toye, alegando que Churchill, ciente de que a URSS já teria uma bomba pronta em agosto de 1949, passou os dois anos seguintes planejando o que poderia ser feito para compensar o poder anglo-americano.

O pesquisador localizou um memorando, publicado em 29 de abril de 1951 pelo editor-chefe do jornal The New York Times, Julius Ochs Adlerb, onde o jornalista se encontra com o líder que, entusiasmado, o enche de perguntas relacionadas ao poder bélico e atômico disponível na Rússia e como ele poderia ser transferido para o Reino Unido.

De acordo com o pesquisador, Churchill acreditava que poderia assinar um tratado que garantiria a paz em ambas as diplomacias, favorecendo decisões que pudessem ser impopulares para a URSS.

“Diante de sua recusa, o Kremlin deveria ser informado de que, a menos que reconsiderem, lançaríamos bomba atômica em uma das 20 ou 30 cidades. Ao mesmo tempo, devemos adverti-los de que é imperativo que a população civil de todas as cidades escolhidas seja evacuada imediatamente", explicou o historiador.

Apesar da vontade, a eleição em outubro de 1951 serviu para acalmar os ânimos do britânico, compreendendo, nos quatro anos seguintes, que a Guerra Fria se acalmaria e que, gradativamente, as ameaças diminuiriam por ambos os lados, sem a necessidade de uma arma tão destrutiva.