Um novo estudo realizado no Centro de Voos Espaciais Goddard, nos EUA, conseguiu identificar a assinatura química da substância
Isabela Barreiros Publicado em 26/10/2020, às 13h57
Tanto cientistas quanto astronautas dizem que água é um item muito precioso no espaço, principalmente por sua difícil obtenção. Novos estudos, porém, realizados no Centro de Voos Espaciais Goddard localizado em Maryland, nos Estados Unidos, mudam as perspectivas em relação à existência de água na lua.
Durante muito tempo, assumiu-se que a superfície da lua era seca, devido ao fato de que ela não apresentava uma atmosfera suficiente para reduzir os raios solares. No entanto, na década de 1990, pesquisadores descobriram evidências de gelo nas crateras próximas dos polos lunares.
Recentemente, o Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha (SOFIA) foi responsável por coletar informações sobre o comprimento de onda da luz solar que é refletida na superfície da lua. A partir disso, foi possível identificar uma assinatura química que é, segundo os cientistas, com certeza, H20.
A água foi encontrada em abundância. Mahesh Anand, professor da Open University em Milton Keynes, disse: “isso é bastante”. “É quase o mesmo que se dissolve na lava que flui das dorsais meso-oceânicas da Terra, que poderia ser colhida para produzir água líquida nas condições de temperatura e pressão adequadas”, explicou.
“Se descobrir que há muita água nessas áreas não permanentemente sombreadas, então essa é uma área potencialmente muito grande e acessível porque está sob a luz do sol”, afirmou Ian Crawford, professor da Universidade de Londres, Inglaterra. No entanto, os pesquisadores ainda não sabem se a água é potável e em que estado ela se encontra.
