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Notícias / Ciência

Cientistas criam híbrido de rato e ser humano em laboratório

Um embrião de camundongo formou 4% de células humanas - a maior quantidade já originada em um experimento até agora

Vanessa Centamori Publicado em 22/05/2020, às 11h30

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Embrião de rato com células humanas visto na microscopia - Divulgação/ Universidade Estadual de Nova York
Embrião de rato com células humanas visto na microscopia - Divulgação/ Universidade Estadual de Nova York

Pesquisadores criaram um embrião híbrido de ser humano e camundongo. A criatura inusitada contém 4% de células humanas - taxa que é a mais elevada já alcançada em laboratório.

O resultado foi uma quimera, que é um organismo único composto de dois conjuntos diferentes de células (no caso há conjuntos do roedor e de um ser humano). Tamanho experimento polêmico foi conduzido nos Estados Unidos, pela Universidade Estadual de Nova York em Buffalo e pelo Roswell Park Comprehensive Cancer Center.

A descoberta foi publicada no jornal Science Advances. Para criar a quimera, os cientistas injetaram células-tronco humanas no embrião do rato e permitiram que elas se desenvolvessem por um pouco mais de duas semanas. 

Após esse período, quando analisaram o embrião, eles descobriram células humanas no fígado, cérebro, olhos, coração, sangue e medula óssea do roedor. Com esse experimento, foi possível gerar células humanas maduras a uma taxa muito mais rápida do que é possível em um embrião humano.

Embrião de rato com 4% de células humanas / Crédito: Divulgação / Universidade Estadual de Nova York

"A geração de células-tronco para a quimera unifica algumas características comuns de células-tronco em mamíferos e pode permitir aplicações como a geração de órgãos humanos em animais", explicaram os pesquisadores, no estudo. 

A gestação do animal híbrido de rato com humano foi interrompida por razões éticas. No futuro, experimentos do tipo podem suprir os estoques escassos de órgãos disponíveis para transplantes.

Além disso, os cientistas acreditam que a quimera pode ajudar a descobrir possíveis tratamentos para doenças humanas, incluindo a Covid-19. Isso pois a técnica tem o potencial para facilitar o crescimento de células, tecidos ou órgãos para fins de pesquisa.