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Notícias / Ciência

Cientistas encontram alta taxa de drogas em crustáceos no Ártico

O estudo faz parte de um projeto que busca analisar a relação entre o descarte de remédios e sua presença no meio ambiente

Pamela Malva Publicado em 08/02/2021, às 13h30

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Imagem meramente ilustrativa de iceberg no Ártico - Wikimedia Commons
Imagem meramente ilustrativa de iceberg no Ártico - Wikimedia Commons

Durante explorações do projeto PharmArctic, cientistas noruegueses notaram a presença de diferentes substâncias no organismo de crustáceos do Ártico. Segundo a revista Galileu, foram encontradas taxas de ibuprofeno, antibióticos e antidepressivos.

Apesar de intrigante, a descoberta não foi uma surpresa para os pesquisadores da empresa SINTEF, do Instituto Polar Norueguês e da Universidade Central em Svalbard envolvidos no estudo. Segundo Ida Beathe Øverjordet, os resultados eram esperados.

"Ibux [que possui ibuprofeno] é uma droga comumente usada e que permanece por bastante tempo no meio ambiente” se comparada com o paracetamol, por exemplo, explicou a cientista. “Portanto, esta não foi uma descoberta tão surpreendente".

Anfípode da espécie Grandidierella japonica analisado pelo estudo / Crédito: Wikimedia Commons

O maior choque, contudo, veio quando os pesquisadores analisaram as concentrações dos medicamentos. De acordo com a cientista, existia uma quantidade incoerente com a população da região de Ny-Ålesund, uma área com apenas 30 habitantes permanentes.

Nesse sentido, a concentração de alguns medicamentos foi equivalente ou superior às taxas das mesmas drogas encontradas na cidade de Longyearbyen. O problema é que o segundo local tem 2,5 mil habitantes e ainda recebe milhares de turistas todo ano. Os índices encontrados em Ny-Ålesund, portanto, eram altos demais para a região.

Com o objetivo de investigar a relação entre o descarte de lixo por humanos e a presença de drogas no meio ambiente, o projeto PharmArctic ainda não identificou o grau de nocividade dos medicamentos identificados. Ainda assim, estudos mostram que antidepressivos, por exemplo, podem alterar o comportamento de algumas espécies.