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Notícias / Astronomia

Cientistas encontram corpo celeste que apresentou comportamento imprevisível

O misterioso objeto impressionou os especialistas e possivelmente não fora observado anteriormente

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 13/10/2021, às 20h01

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Fotografia meramente ilustrativa da Via Láctea - Divulgação / NASA
Fotografia meramente ilustrativa da Via Láctea - Divulgação / NASA

Na Austrália, um grupo de astrônomos detectou um sinal de rádio peculiar. Ele parava e voltava sem nenhum padrão, surpreendendo os especialistas. 

Ondas de energia como essas são emitidas pela luz e pelo calor de corpos celestes, assim indicando a presença deles. Porém, os sinais que observavam, com origem na região central da Via Láctea, não correspondiam a nenhum objeto já conhecido. 

Na tentativa de resolver esse enigma espacial, os cientistas continuaram coletando informações, que transformaram em um estudo publicado no Astrophysical Journal na última segunda-feira, 11, conforme divulgado pela CNN.

“Este objeto foi o único que começou invisível, tornou-se brilhante, desapareceu e depois reapareceu. Esse comportamento foi extraordinário”, explicou Tara Murphy, que é professora da Universidade de Sydney e coautora da pesquisa, ainda de acordo com o veículo. 

O objeto curioso foi nomeado de "ASKAP J173608.2-321635", que é uma referência às suas coordenadas no céu. 

Ao longo do estudo

A princípio, a equipe de astrônomos pensou ter se deparado com um pulsar, que é uma estrela de nêutrons que gira em alta velocidade. Esse movimento giratório faz com que o sinal emitido por esse corpo celeste acenda e apague respectivamente, "pulsando". 

Porém, a frequência apresentada pelo sinal captado neste caso não era constante o suficiente para corresponder a o que acreditavam inicialmente. 

Para buscar mais informações, os cientistas tentaram localizar o  ASKAP J173608.2-321635 com outros telescópios, mais sensíveis que o primeiro com o qual haviam observado o objeto. 

Um fato curioso, todavia, é que ao fazerem essa mudança de local de observação, os especialistas encontraram comportamentos diferentes do que tinham registrado anteriormente. Com o radiotelescópio Parkes, por exemplo, nada foi encontrado. 

“Tentamos então o rádio telescópio MeerKAT, mais sensível, na África do Sul. Como o sinal era intermitente, nós o observamos por 15 minutos ao longo de semanas, na esperança de vê-lo novamente. Felizmente, o sinal retornou, mas descobrimos que o comportamento da fonte era dramaticamente diferente – a fonte desapareceu em um único dia, embora tenha durado semanas em nossas observações anteriores pelo ASKAP", explicou Tara através de um comunicado também repercutido pela CNN. 

Para tirar maiores conclusões, os pesquisadores estão aguardando a construção de tecnologias ainda mais poderosas, como o Square Kilometer Array, que está sendo projetado para ser o maior telescópio do mundo.