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Notícias / URSS

Para a natureza, o acidente nuclear de Chernobyl foi menos destrutivo que a presença humana na região, indica estudo

Apesar da grande radiação na região do Leste Europeu, a natureza contou com uma vantagem: a ausência do ser humano

André Nogueira Publicado em 27/06/2019, às 08h00

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Reuters
Reuters

É fato que Chernobyl é exemplo de caso destrutivo e mortal. Entretanto, cientistas acreditam que a explosão do reator pode ter sido extremamente positiva para a vida selvagem de Pripyat. Dado que as pessoas foram obrigadas a fugir da zona de exclusão de quase 3.000 km², a área se tornou um santuário para a flora e a fauna ucraniana.

A flora regional foi a grande beneficiada. Isso porque o metabolismo das plantas é extremamente resistente aos efeitos secundários da precipitação radioativa. Mesmo no centro da explosão, a vida vegetal já estava se recuperando em 1989, três anos após o acidente nuclear. Hoje, é possível ver lobos, ursos, javalis e lontras ao redor da usina.

Em um artigo para a The Conversation, Stuart Thompson, bioquímico da Universidade de Westminster, relatou que essas plantas, resistente à radiação, mostram as dimensões da intervenção humana na vida selvagem: o acidente nuclear foi menos destrutivo que a presença das pessoas na região. Quando as pessoas saíram da região, a vida selvagem se recuperou.

Lontra nada nos arredores da usina / Crédito: Reprodução

Quando as células humanas são atingidas pelas partículas de alta energia e pelas ondas emitidas por material nuclear instável e em decomposição, a estrutura celular é destruída e ocorrem reações químicas que danificam o mecanismo dentro das células.

Além disso, o DNA é extremamente sensível a esse tipo de alteração, e não são moléculas substituíveis: no longo prazo, o contato com baixa radiação gera câncer e, em altas doses, pode gerar diversos sintomas, como queda capilar, fadiga, inflamação, queimaduras, diarreia e desidratação.

As plantas são muito mais flexíveis em seu metabolismo e podem responder organicamente à radiação, principalmente por serem incapazes de se mover do ponto em que estão enraizadas. Células vegetais são adaptativas, modificando o modo como funcionam dependendo do ambiente em que se encontram.