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Notícias / Brasil

Conheça o rosto da primeira múmia egípcia encontrada no Brasil

Um incrível trabalho realizado por Cícero Moraes em 2019 deu vida ao rosto de Iret-Neferet, uma das duas únicas múmias egípcias remanescentes no Brasil

Fabio Previdelli Publicado em 29/05/2020, às 08h00

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Os restos da múmia - Divulgação/ Cícero Moraes
Os restos da múmia - Divulgação/ Cícero Moraes

Com técnicas utilizadas em reconstituições forenses, o designer catarinense Cícero Moraes foi responsável por recriar o rosto da múmia egípcia Iret-Neferet (olho bonito em egípcio) — uma das duas únicas múmias remanescentes no Brasil. No inicio do ano, ela foi identificada e datada por uma equipe de pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

A idade da mulher foi revelada através de um método de radiocarbono — conhecido como Carbono 14 — que revelou que ela tinha entre 42 e 43 anos. O procedimento também permitiu a identificação do período de vida em que ela viveu, acredita-se que seja em algum momento entre 786 a.C e 476 a.C, algo entre 2.495 e 2.787 anos atrás.

O verdadeiro rosto de Iret-Neferet / Crédito: Divulgação/PUCRS

Para fazer a reconstituição em três dimensões, o design seguiu alguns passos: Marcou as espessuras da pele com base nas mediadas padrões de seres humanos; projetou linhas para apontar o posicionamento dos lábios, nariz, olhos e orelha; pigmentou a pele com base nas cores étnicas da população do período; incluiu cabelo e, por fim, elaborou a roupa de acordo com as vestimentas da época.

Iret-Neferet é uma das duas únicas múmias egípcias remanescentes no Brasil / Crédito: PUCRS


Além de Iret-Neferet, a outra múmia egípcia presente no Brasil é Tothmea, que veio dos Estados Unidos para o Museu Egípcio Rosa Cruz de Curitiba (PR) em 1995. O Museu Nacional, no Rio de Janeiro, também abrigava outros objetos trazidos por Dom Pedro I e Dom Pedro II, mas eles foram destruídos ou perdidos no grande incêndio ocorrido em setembro de 2018.