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Notícias / Brasil

Consumo de carne é o menor no Brasil em 16 anos

Em 2020, a demanda pelo produto caiu cerca de 10% em relação a 2019. Neste ano, uma nova queda

Fabio Previdelli Publicado em 15/12/2021, às 10h26

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Imagem ilustrativa - Getty Images
Imagem ilustrativa - Getty Images

O consumo de carne bovina está cada vez menor no Brasil. Essa foi a conclusão de uma estimativa calculada por Cesar de Castro Alves, especialista da Consultoria Agro do Itaú BBA.

À pedido da BBC Brasil, o profissional fez um levantamento baseado num fator chamado consumo aparente — que é a produção de carne bovina inspecionada, tirando as exportações e adicionando as importações.

Dessa forma, constatou-se que o consumo do alimento vem em queda nos últimos três anos. Para se ter ideia, em 2020, por exemplo, o consumo de carne bovina foi 10% menor do que no ano anterior. 

Em 2021, a previsão é que esse índice sofra uma nova queda: de 2% — o que significa que o consumo, ao todo, seria de cerca de 5,24 milhões de toneladas do produto. Apesar do número parecer expressivo, ele é o menor em 12 anos. 

A situação fica ainda pior quando a taxa de consumo por pessoa é apontada: 24,5 quilos por ano — o que representa um número bem perto do que foi registrado há 16 anos, ou seja, em 2005. 

Conforme a BBC, dois fatores são cruciais nessa equação: o preço dos produtos e a renda familiar. O primeiro, muito mais nítido no cotidiano dos brasileiros, foi sentido de maneira mais forte no primeiro semestre do ano.

Em junho, por exemplo, a carne bovina chegou a ficar 38,17% mais cara em relação a um período de 12 meses. Apesar da pequena queda de preços em setembro, a estimativa é que a inflação do produto feche o ano com 10,81% — uma taxa maior do que a de todo o grupo de alimentos e bebidas, que teve um aumento de preço de cerca de 8,9%.

Aliado a isso, segundo dados compilados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a renda média real do brasileiro empregado — que é calculada descontando a inflação — vem em queda consecutiva nos últimos 12 meses.

Apesar da taxa de desemprego ter recuado, 12,6% no terceiro trimestre do ano, o desempenho aponta que as vagas geradas desde então se mostraram muito mais precárias, além de oferecerem salários mais baixos.