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Notícias / D. Pedro I

Coração de D. Pedro I: Igreja portuguesa determina condição para envio do órgão

Irmandade da Igreja da Lapa quer garantir que órgão não terá integridade física prejudicada

Luisa Alves, sob supervisão de Isabela Barreiros Publicado em 28/05/2022, às 08h35

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Coração de D. Pedro I - Divulgação/Youtube/Irmandade da Lapa
Coração de D. Pedro I - Divulgação/Youtube/Irmandade da Lapa

A Irmandade da Igreja da Lapa impôs um parecer científico como condição para o envio do coração de D. Pedro I ao Brasil após a solicitação do governo brasileiro à Câmara Municipal do Porto, que teve como justificativa as celebrações dos 200 anos da Independência do Brasil.

A Irmandade da Igreja da Lapa, onde o coração está guardado e conservado hoje, exigiu um parecer científico que garanta que o órgão não correrá riscos de ver prejudicada sua integridade física durante o translado.

Segundo Maria Manuela Maia Rebelo, provedora da Irmandade da Lapa, conversas com a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto foram iniciadas para que a perícia médica seja feita. A informação foi confirmada ao jornal português Diário de Notícias.

Outra vez em que um pedido semelhante ocorreu foi em 1972, quando o governo solicitou a Portugal o envio dos ossos do Imperador ao território brasileiro para a comemoração dos 150 anos da Independência. A ossada de D. Pedro I foi trazida a São Paulo, às margens do Rio Ipiranga, onde ele teria declarado a Independência do Brasil de Portugal.  

George Prata, embaixador do Brasil em Portugal, foi quem fez o pedido em visita à Câmara Municipal do Porto. Segundo a imprensa portuguesa, o presidente da Câmara Municipal do Porto estaria inclinado em emprestar o órgão.

O contato foi feito por mim. Quando eu estive em Portugal, estive no Porto, visitei a Câmara Municipal e tive também uma reunião com representantes da irmandade de Nossa Senhora da Lapa” afirmou Prata.

Guardado a "5 chaves"

Conservado em formol num recipiente de vidro, o órgão exige uma extensa operação para ser retirado.  Primeiro, uma chave para retirar uma pesada placa de cobre; em seguida duas chaves para remover uma grade; outra para abrir uma espécie de cofre; e a última fechadura dá acesso ao vaso de prata onde está a urna, protegida pela Câmara do Porto, guardiã das chaves da urna. As informações são do jornal O Globo. 

O órgão foi visto em público pela última vez há sete anos, quando a Câmara do Porto autorizou que o coração fosse mostrado em um filme sobre a vida do imperador.