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Notícias / Paleontologia

Crânio reconstruído revela um peculiar rato pré-histórico com tamanho de gato

Há 2 milhões de anos, o animal curioso viveu em ilhas italianas, que abrigavam elefantes anões e outras criaturas bem diferentes

Vanessa Centamori Publicado em 10/07/2020, às 10h20

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Roedor pré-histórico e seu crânio - Divulgação/James Sadler/University of York
Roedor pré-histórico e seu crânio - Divulgação/James Sadler/University of York

Um pesquisador da Universidade de York, da Inglaterra, realizou a primeira reconstrução digital do crânio de um animal pré-histórico bem peculiar, revelando informações interessantes sobre ele. Trata-se de um roedor com o tamanho de um gato, que vivia na ilha italiana da Sicília há cerca de 2 milhões de anos.

O rato foi reconstruído com dados de cinco fósseis coletados, completando assim o crânio como um todo. O animal, um Gliridae, é o maior dos roedores da família, conhecidos como arganazes. Seu crânio media 10 centímetros de comprimento. 

"O crânio reconstruído nos dá uma noção melhor de se o arganaz gigante teria se parecido com os de tamanho normal ou se sua aparência física teria sido influenciada por adaptações a um ambiente específico", explicou Jesse Hennekam, que é líder do estudo. 

Animais fantásticos e onde habitam 

A pesquisa revelou ainda que nas ilhas italianas outras criaturas extintas bastante curiosas também viveram há cerca de 2 milhões de anos. Isso pois, na região da Sicília, tamanhos corporais extremos eram bem comuns: lá também havia cisnes gigantes, corujas gigantes e elefantes anões.

Crânio do rato de 2 milhões de anos /Crédito: Divulgação/University of York

Segundo Hennekam, o rato pré-histórico gigante em questão pode ter tido uma dieta bem diferenciada, em comparação com os outros roedores menores. O processo de evolução do animal com tamanho de gato ainda está sendo investigado. 

O estudo sobre o crânio da espécie pode ajudar ainda a entender o porquê de alguns animais pequenos evoluírem tamanhos corporais maiores nas ilhas da atual Itália. E ainda, pode dar novos dados sobre outras criaturas do passado. "Por exemplo, se olharmos para o maior roedor vivo - a capivara -, podemos ver que ele se expandiu de tamanho em uma trajetória diferente de outras espécies da mesma família", comentou o pesquisador.