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Notícias / Japão

Arqueólogos mapeiam Daisen Kofun, a mais conhecida tumba do Japão antigo

Construído para abrigar o corpo do imperador Nintoku, o local tem formato de buraco de fechadura e conta com três fossos e dois diques

Letícia Yazbek Publicado em 28/11/2018, às 14h25 - Atualizado às 15h59

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Tumba imperial de Daisen Kofun, localizada em Sakai, Osaka - Wikimedia Commons
Tumba imperial de Daisen Kofun, localizada em Sakai, Osaka - Wikimedia Commons

Obras de escavação realizadas em Daisen Kofun, grande túmulo localizado na cidade de Sakai, em Osaka, Japão, revelaram que um dos diques que cercam a tumba foi pavimentado com pedras brancas.

Daisen Kofun é o maior e mais conhecido Kofun – “túmulo antigo” – japonês. Construído no século 5 para abrigar o corpo do imperador Nintoku, ele tem 486 metros de comprimento e 305 metros de largura. É cercado por três fossos e dois diques, e tem formato de buraco de fechadura.

Durante centenas de anos, pouco se sabia sobre a estrutura de Daisen Kofun. O acesso ao local foi restringido pela Agência da Casa Imperial – órgão governamental responsável pelas questões referentes à família imperial –, com o objetivo de garantir a segurança da construção.

Em outubro deste ano, no entanto, a agência iniciou um projeto ao lado do governo local para estudar os diques internos e encontrar uma forma de preservar a tumba.

Os especialistas já imaginavam que a tumba havia sido coberta com pedras, mas se surpreenderam ao descobrir que o dique interno do túmulo, com área total de 65 000 metros quadrados, estava totalmente pavimentado.

Segundo os pesquisadores, a descoberta mostra que o esforço e a mão de obra necessários para a construção de Daisen Kofun foram maiores do que se imaginava. Kazuo Ichinose, professor de arqueologia da Universidade Kyoto Tachibana, estima que 50 milhões de pedras foram utilizadas. “Se um pavimento de pedra também existiu nos diques, o tempo e o esforço dedicados a recolher as pedras e carregá-los devem ter sido imensos”.

Para Katsuhisa Takahashi, professor da Universidade Hanazono, o pavimento funcionava para manter o local limpo. “Cercados por objetos de argila e pedras brancas, podemos imaginar o dique interno tendo uma imagem sagrada como um santuário”.