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Notícias / Brasil

De Lenin a Marighella: Cervejaria mineira exalta figuras comunistas

Apesar do sucesso, criador da cervejaria Soviet rebate críticas por capitalizar personagens de esquerda: “Comunismo não é voto de pobreza"

Fabio Previdelli Publicado em 22/02/2022, às 14h00

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Marcas da Cervejaria Soviet - Divulgação/ Cervejaria Soviet
Marcas da Cervejaria Soviet - Divulgação/ Cervejaria Soviet

Com a discussão política no país se tornando cada vez mais um motivo de divisão entre brasileiros, muitas empresas buscam se manter neutras, com o intuito de conseguir um público cada vez maior e mais diverso.

Por outro lado, existem marcas que não escondem suas preferências e até mesmo buscam capitalizar seu viés ideológico. Um desses exemplos é a cervejaria Soviet, que tem sede na cidade mineira de Juiz de Fora. 

Criada em 2019 por Demócrito Albuquerque, de 23 anos, filho de pais militantes do PCdoB, ele e outros três sócios (Thiago, Marcos e Alexandre; todos de esquerda) desenvolveram a primeira cerveja da marca, chamada de Lenin

Hoje, a cervejaria conta com sete marcas em seu catálogo, todas ligadas a grandes personalidades de esquerda, a fotos marcantes dentro do comunismo ou de movimentos sociais.

Além de Lenin, as bebidas que compõem o catálogo da cervejaria também levam os nomes de Rosa Luxemburgo, Marighella e Maria Felipa, isso sem contar a Revolução de Canudos, Gandhi, Guerrilha do Araguaia e 1947 (data da independência da Índia).

Fizemos a avaliação de que faltavam marcas que representassem a esquerda assim como a Havan representa a direita. Que não tivesse medo de levantar bandeira, de lutar por sua causa, de se posicionar", revela Demócrito em entrevista ao colunista Chico Alves, do UOL. 

Além da propaganda comunista, como os próprios sócios enxergam a marca, a cervejaria também busca incentivar as pessoas ligadas à esquerda a se posicionarem. A empresa ainda visa colaborar com uma mudança social com parte do valor que arrecada. 

"Do nosso faturamento, 5% são destinados a ações comunitárias, como a brigada de incêndio do parque estadual de Ibitipoca ou uma biblioteca comunitária infantil, em Paraty", explica Albuquerque

Apesar da iniciativa, o criador da Soviet revela que recebe críticas por capitalizar a figura de ícones comunistas. No entanto, se defende: "Estamos inseridos em um mundo de economia capitalista, mas defendemos o consumo consciente, sustentável, e a mudança social a partir da renda que a gente gera. Afinal, comunismo não é voto de pobreza".

Leia a matéria completa aqui.