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Notícias / Arqueologia

Dente de 54 mil anos que desafia teorias sobre Neandertais é investigado

Fóssil encontrado em caverna francesa pode mudar o que a ciência sabe sobre o desaparecimento dos Neandertais

Redação Publicado em 10/02/2022, às 14h38

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Trabalho arqueológico na caverna Grotte Mandrin, França - Divulgação/Ludovic Slimak
Trabalho arqueológico na caverna Grotte Mandrin, França - Divulgação/Ludovic Slimak

Pesquisadores descobriram um dente durante escavações na caverna Grotte Mandrin, no Vale do Rhône, na França, que data de 54 mil anos atrás e pode mudar o que a ciência sabe sobre o desaparecimento dos Neandertais, desafiando as teorias estabelecidas até então sobre a espécie.

No estudo, publicado no periódico científico Science Advances, os especialistas sugerem que os primeiros Homo sapiens podem ter vivido na Europa cerca de 10 mil anos antes do que se pensava anteriormente.

A hipótese da pesquisa aponta ainda para a coexistência entre as duas espécies, diferente do que se acreditava antes.

Acredita-se que a extinção dos Neandertais tenha acontecido depois da chegada dos sapiens na Europa, como reportou o jornal O Globo.

“Agora somos capazes de demonstrar que o Homo Sapiens chegou milhares de anos antes do que esperávamos, e essa população foi substituída por outras populações Neandertais. E isso literalmente reescreve todos os nossos livros de história”, explicou o líder das escavações, Ludovic Slimak, da Universidade de Toulouse, na França, à BBC internacional.

Ainda de acordo com a investigação, é possível que um grupo primitivo tenha vivido na caverna durante dois mil anos, até o local ficar desocupado.

Depois disso, teria sido a vez dos Neandertais de habitarem a Grotte Mandrin por milhares de anos. As evidências apontam para a ocupação dos humanos modernos há cerca de 44 mil anos.

Os cientistas envolvidos no estudo ainda não identificaram nenhuma evidência concreta de que as duas espécies de fato interagiram.

Além do dente, também foram encontradas ferramentas que não contavam com sinais de que um grupo ensinou alguma técnica para o outro, por exemplo.

“Como exatamente foi a interação? Nós simplesmente não sabemos. Não temos ideia se foi um relacionamento bom ou ruim”, apontou Slimak à CNN internacional, ressaltando que o convívio pode ter ocorrido na mesma região.