No ano passado, a colunista E. Jean Carroll acusou Donald Trump de ter abusado sexualmente dela numa loja da Bergdorf Goodman, na cidade de Nova York na década de 1990. Carroll decidiu abrir um processo por difamação contra Trump em novembro do ano passado, depois que o presidente negou a acusação.

Na última terça-feira, 8, o Departamento de Justiça dos EUA argumentou que de acordo com o Federal Tort Claim Act, ou FTCA, seus advogados podem assumir a equipe jurídica privada de Trump, pois, o presidente negou a acusação na qualidade de oficial.

"Como o presidente Trump estava agindo dentro do escopo de seu cargo ou emprego no momento do incidente que originou a reclamação do querelante, os Estados Unidos entrarão com uma moção para substituir o presidente Trump nesta ação para qualquer reclamação para a qual o A FTCA fornece o recurso exclusivo", declarou o departamento em documentos judiciais.

Carroll se pronunciou sobre pedido de moção do tribunal nas suas redes sociais, dizendo que ela e sua advogada Roberta Kaplan estão preparadas para enfrentar o processo.

Kaplan disse em declarações oficiais que "percebendo que não havia base válida para apelar dessa decisão nos tribunais de Nova York, no mesmo dia em que ele seria obrigado a apelar, Trump, em vez disso, convocou o Departamento de Justiça dos EUA para substituir seus advogados particulares e argumentar que quando ele mentiu sobre agredir sexualmente nossa cliente, estava agindo em sua capacidade oficial de presidente dos Estados Unidos".

Ela também explicou que "mesmo no mundo de hoje, esse argumento é chocante. Me ofende como advogada e me ofende ainda mais como cidadão. O esforço de Trump para exercer o poder do governo dos Estados Unidos de fugir da responsabilidade por sua má conduta privada é sem precedentes e mostra ainda mais o quão longe ele está disposto a ir para evitar que a verdade seja revelada".