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Notícias / Guerra Fria

Depois de 30 anos perdido, arqueólogos alemães encontram rádio de espionagem soviético intacto

O transmissor de inteligência soviética foi descoberto em um impressionante estado de conservação, e pode ter sido usado em operações de infiltração na Alemanha Ocidental

André Nogueira Publicado em 19/02/2020, às 12h17

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Rádio soviético - Rheinisches Landesmuseum Bonn
Rádio soviético - Rheinisches Landesmuseum Bonn

Na cidade de Colônia, Alemanha, um rádio soviético de espionagem de alta sofisticação da Guerra Fria foi encontrado por arqueólogos alemães . Segundo o Conselho Regional da Renânia, o objeto foi enterrado intencionalmente pouco antes da crise da Cortina de Ferro, no fim dos anos 1980, sendo colocado numa caixa metálica hermeticamente fechada.

"Tudo foi cuidadosamente envolto em papel de embrulho como um rádio novo. Achamos que o rádio funcionará se uma bateria nova estiver disponível, mas não tentamos isso ainda", afirmou o arqueólogo Erich Classen, da Rhineland Regional Association, à Live Science. Segundo ele, as baterias teriam acabado depois de 30 anos, mas o equipamento ainda está intacto.

Rádio soviético R-394KM / Crédito: Rheinisches Landesmuseum Bonn

Após aberta a caixa, foi identificado o transmissor-receptor de origem soviética, modelo R-394KM, de 1987. Diante dessa informação, ficou claro que o artefato foi enterrado pouco tempo depois de ser fabricado.

Analistas suspeitam que o objeto foi originalmente feito para ser usado em redes de informação dos socialistas no Centro de pesquisa de Jülich ou da Base Militar de Nörvenich, ambos com presença americana e a menos de 10 km do local da descoberta.

Com a condição do rádio, é provável que ele nunca tenha sido usado. Porém, com a capacidade de transmissão de até 1,2 mil km, seria possível se comunicar com as bases do bloco soviético em Varsóvia, por exemplo.

Acredita-se que o objeto, produzido para se parecer com um rádio ocidental, com um alfabeto latino, tenha sido enterrado com objetivo de ser usado novamente no futuro, mas nunca mais foi localizado até esse ano.