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Dieta do dia do Juízo Final: pesquisador cria regime para as pessoas sobreviverem às consequências de uma guerra nuclear

Com um regime que soma 2.100 calorias por dia — contendo um misto de carnes, açúcar, ovos, cogumelos e bactérias — o pesquisador David Denkenberger planeja como as pessoas poderiam sobreviver a uma possível catástrofe

Fabio Previdelli Publicado em 16/01/2020, às 11h29

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Imagem ilustrativa sobre uma catástrofe nuclear - Getty Images
Imagem ilustrativa sobre uma catástrofe nuclear - Getty Images

Com o aumento da tensão de conflitos entre nações, como no caso de Estados Unidos e Irã, muito se especula o que aconteceria caso uma bomba atômica fosse lançada. Segundo pesquisa recente, a explosão de uma bomba geraria um inverno nuclear catastrófico, o que faria com que a temperatura da Terra despencasse e a vida humana passaria por uma enorme crise de fome.

Pensando nessa hipótese, David Denkenberger, engenheiro mecânico da Universidade do Alasca que dirige a organização sem fins lucrativos Alliance to Feed the Earth in Disasters (ALLFED), declarou ao Business Insider que os humanos podem sobreviver a essa condição caso sigam uma “dieta de desastre sustentável”.

"A conclusão do trabalho foi que, talvez, quando parte dos humanos forem extintos [em decorrência de uma guerra nuclear], o mundo será governado por cogumelos novamente. Eu disse: 'Espere um pouco. Por que não comer esses cogumelos e não se extinguir?”.

Com uma possível catástrofe, a produção de alimentos sofreria uma grande queda, os tornando extremamente caros para a maioria da população. Já armazenar alimentos em grandes quantidades também envolveria um grande investimento e demoraria muito tempo.

No entanto, como os fungos não dependem da fotossíntese, eles podem prosperar em uma área sem muita luz. O mesmo pode se aplicar às algas, que podem suportar temperaturas relativamente baixas. Ambos alimentos poderiam ser produzidos em grandes quantidades e com um custo acessível.

Para evitar doenças, os seres humanos devem consumir uma dieta adequada, não se baseando somente em uma única fonte alimentar. Denkenberger criou um então regime, apelidado de Dieta do dia do Juízo Final, que soma 2.100 calorias por dia, contendo um misto de carnes, açúcar, ovos, cogumelos e bactérias. Além do mais, ele também sugeriu o consumo de dentes-de-leão e um chá feito de agulhas de árvores, chamado chá arborvitae, que contêm vitamina C.

Denkenberger planeja estudar outras fontes naturais de alimentos em potencial que possam crescer perto da Linha do Equador, onde pode ocorrer alguma luz solar pós-desastre. Ele estimou que o mundo precisaria de cerca de 1,6 bilhão de toneladas de alimentos secos por ano para alimentar todos os sobreviventes.