Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Brasil

Dilma Rousseff fala sobre atual cenário político do Brasil: 'Corrosão da democracia'

A ex-presidenta sofreu impeachment há cinco anos e acredita que o país tenha vivido um efeito dominó desde então

Ingredi Brunato, sob supervisão de Pamela Malva Publicado em 30/08/2021, às 17h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Fotografia da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016 - Mario Tama/Getty Images
Fotografia da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016 - Mario Tama/Getty Images

Em uma conversa com a revista Focus Brasil, que foi repercutida pela Rolling Stone nesta segunda-feira, 30, a ex-presidenta Dilma Rousseff falou sobre seu impeachment, ocorrido há cinco anos, e sobre o governo Bolsonaro

O golpe não foi brando. Não foi nada brando. E, lembre-se, o golpe vem em etapas. É um processo. O Golpe de 2016 é o ato zero do golpe, é o ato inaugural, mas o processo continua. É o pecado original dessa crise que o país atravessa. É a partir dali que se desenrola todo o processo golpista", disse ela. 

Dilma afirmou que o Brasil passa por um processo de "corrosão da democracia" desde seu impeachment em 31 de agosto de 2016. Agora, contudo, ela acredita na possibilidade de um novo golpe, ou como ela mesma disse, um "golpe dentro do golpe". 

"Lá atrás, houve um golpe parlamentar, judiciário e midiático. Mas, sobretudo, um golpe do setor financeiro, do capitalismo financeiro. Um golpe neoliberal. Não houve uma intervenção clássica militar, mas uma manipulação das regras legais”, refletiu a petista.

Rousseff citou ainda o estancamento dos recursos que costumavam ser direcionados para políticas públicas, o que foi vedado pelo chamado "teto de gastos", e comentou a deterioração do meio-ambiente que foi presenciada nos últimos anos.

Não tem volta, né? Tem coisas que você destrói na natureza que leva décadas e às vezes até séculos para reconstruir. O que eles estão fazendo na Amazônia é absurdo. Abriram a Amazônia para uma coisa que nós jamais permitimos e nenhum governo anterior: a entrada das grandes empresas mineradoras”, completou.