Dinamene: a saga de Camões e de sua amada, segundo obra

Recém-lançado nas livrarias, o romance histórico “Dinamene”, do escritor brasileiro Maicon Tenfen, tem como personagem principal o ilustre autor Luiz Vaz de Camões. Ambientada no século 16, em Macau, esta ficção histórica mescla amor e aventura.

Acredita-se que ao longo de suas navegações pelo Oriente, o autor do clássico “Os Lusíadas” tenha enfrentado diversos naufrágios, sendo o mais famoso ocorrido na foz do Rio Mekong. Na ocasião, a embarcação foi atingida por uma forte tempestade, ocasionando um grave acidente. 

Camões, por sua vez, teve que escolher entre salvar a sua futura obra prima “Os Lusíadas” ou salvar sua amada, Tin Na Men, também conhecida como Dinamene. Partindo deste episódio, o escritor Maicon Tenfen reconstituiu esta história supondo o que teria acontecido se o aclamado autor tivesse escolhido sua amada ao invés do livro. 

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Mergulhando na profundidade dos sentimentos de Camões e mesclando elementos ficticíos à narrativa, o autor deste romance histórico apresenta a história de amor entre o escritor português e a habilidosa praticante de Kung fu.

Disponível na Amazon em formato Kindle e capa comum, esta obra conta, ainda, com projeto gráfico de Vilmar Schuetze e Jean Valim e, ilustração de Rubens Belli.

Confira abaixo um trecho de “Dinamene” (2021):

Quando Camões viu Dinamene ser levada pelas ondas e — na direção oposta — a bolsa com Os Lusíadas sumindo na tempestade, teve menos de um segundo para decidir se deveria saltar atrás da obra ou, mergulhando para o outro lado, socorrer a mulher amada. Uma pergunta desarranjou suas certezas — quanto valia o Poema diante do Amor? —, mas não dessa forma, em palavras, já que não havia tempo a perder. Tomou impulso no cordame do convés e pulou com os braços esticados para alcançar a jovem que se debatia em desespero. Caiu na água de mau jeito, mas agarrou o corpo de Dinamene, primeiro pela cintura, depois pelo pescoço e enfim pelos cabelos, puxando-a para longe da embarcação que se despedaçava e submergia. Ainda deu uma braçada à procura do manuscrito, gesto inútil em meio aos destroços que se espalhavam com o naufrágio.

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