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Notícias / Política

"Do que você tem medo?": Putin é questionado por repórter sobre prisão de opositores

Rachel Scott, da ABC News, indagou o presidente russo durante entrevista coletiva após o encontro com Joe Biden

Wallacy Ferrari, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 17/06/2021, às 07h49

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Montagem contendo a repórter Rachel Scott (esq.) e Vladmir Putin (dir.) durante coletiva - Divulgação / Vídeo / ABC7 News
Montagem contendo a repórter Rachel Scott (esq.) e Vladmir Putin (dir.) durante coletiva - Divulgação / Vídeo / ABC7 News

Uma repórter da emissora norte-americana ABC News chamou atenção na imprensa internacional após fazer perguntas diretas ao presidente russo Vladimir Putin sobre a repressão do chefe de estado contra opositores políticos, durante uma coletiva de imprensa, após o encontro do russo com o presidente dos EUA Joe Biden.

Identificada como Rachel Scott, a jornalista ignorou as restrições — e supostos casos de perseguição estatal à imprensa — e foi incisiva ao perguntar qual seria o receio do político em relação a oposição, como informa o portal UOL.

"A lista de seus oponentes políticos que estão mortos, presos ou encarcerados é longa... E agora você impediu qualquer um que apoia [o líder da oposição russa Alexey Navalny] de se candidatar. Então, minha pergunta é, senhor presidente, do que você tem tanto medo?", questionou.

Putin tentou desconversar, afirmando que Navalny é um "extremista" por natureza e que faz questão de violar as leis e causar "desordem em massa". A repórter replicou, reiterando o cunho do questionamento: "Você não respondeu minha pergunta, senhor. Se todos os seus oponentes políticos estão mortos, na prisão, envenenados — isso não envia uma mensagem de que você não quer uma luta política justa?".

A nova indagação fez Putin ter um tom mais brando e realizar uma comparação com a invasão do Capitólio nos EUA, em janeiro: "Quanto a quem está matando quem e jogando quem na prisão, as pessoas vieram ao Congresso dos EUA com demandas políticas. Eles enfrentam penas de prisão de até 20, talvez até 25 anos. Estão sendo chamados de 'terroristas domésticos'. Eles estão sendo acusados".