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Notícias / Natureza

Doze lagartinhos de 1,5 grama nascem em ambiente monitorado do CETRAS do Porto Sul

Os filhotes foram soltos em áreas específicas, dois dias após nascerem. Ao contrário de aves e mamíferos, os répteis não dependem de cuidado parental, sendo autossuficientes desde o nascimento

Redação Publicado em 28/11/2021, às 09h00

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Recém-nascidos, lagartos sobem nas mãos do veterinário - Divulgação/CETRAS
Recém-nascidos, lagartos sobem nas mãos do veterinário - Divulgação/CETRAS

Doze minúsculos e ágeis habitantes da Mata Atlântica da costa sul da Bahia nasceram saudáveis após uma incubação de alguns meses.

Quem conhece os lagartos da espécie Polychrus marmoratus (lagarto preguiça, papa vento) já crescidos, com até 100 gramas e até 50 centímetros, não imagina que saem de ovinhos com tamanho aproximado de 2.6 x 1.2 cm e pesando 1,5 grama.

Esses ovinhos ficaram incubados sob total controle de temperatura e umidade e com monitoramento diário após serem localizados por profissionais do Centro de Resgate e Tratamento de Animais Silvestres (CETRAS), mantidos pela BAMIN, que junto com o governo do Estado da Bahia é responsável pelas obras do Porto Sul, em Ilhéus.

Ovo é aberto com ajuda do veterinário /Crédito: Divulgação/CETRAS

"Obtivemos 100% de sucesso na incubação. Todos os animais nasceram saudáveis", comemorou a veterinária responsável pelo Cetras, Jessica Duemes.

Na natureza, a fêmea da espécie põe os ovos e não aguarda o nascimento, característica comum à maioria dos répteis. Como estavam em ambiente controlado, a ajuda dos veterinários especializados em animais silvestres foi determinante.

Nascimento

"Quando nasce o primeiro, para garantir que todos vão conseguir sair do ovo, ajudamos no nascimento do restante. Isso aumenta a taxa de sucesso. Entre os filhotes, se um estiver um pouco fraco pode não conseguir sair do ovo e morrer. Levando em consideração que a fêmea coloca todos os ovos no mesmo dia, então todos têm o mesmo tempo", explicou Jessica.

Reintrodução na natureza 

Os filhotes foram reintroduzidos em áreas específicas de soltura no dia 25 de novembro, dois dias após nascerem. Ao contrário de aves e mamíferos, os répteis não dependem de cuidado parental, sendo autossuficientes desde o momento do nascimento.

Além do Brasil, a espécie está presente na Guiana, no Peru e no Equador. Também foi avistada em Trinidad e Tobago, Venezuela e Flórida. Se alimenta de insetos, aranhas e outros pequenos artrópodes, como mosquitos.

Filhotes são introduzidos na natureza /Crédito: Divulgação/CETRAS

Outros ovos de diferentes espécies como da serpente caninana (Spilotes Pullatus) estão sendo incubados e a equipe do CETRAS aguarda novos nascimentos.