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Notícias / Rússia

Editora russa que protestou contra a guerra não foi mais vista

A mulher foi detida ontem, 14, após invadir uma transmissão ao vivo de canal de notícias estatal

Redação Publicado em 15/03/2022, às 13h29

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Mulher segura cartaz contra a guerra durante transmissão ao vivo - Divulgação / Twitter / @maxseddon
Mulher segura cartaz contra a guerra durante transmissão ao vivo - Divulgação / Twitter / @maxseddon

A editora do Channel One Russia, Marina Ovsyannikova, quem foi detida por protestar contra a guerra durante transmissão ao vivo, não foi mais localizada, conforme afirmou o jornal "The Washington Post".

Ovsyannikova invadiu o estúdio do canal de notícias na última segunda-feira, 14, e se posicionou atrás da âncora, segurando um cartaz escrito em russo, que pedia o fim da guerra contra a Ucrânia. "Pare a guerra. Não acredite em propaganda. Eles estão mentindo para você aqui", dizia a mensagem, de acordo com informações do portal Splash.

Segundo a fonte, o Comitê de Investigação da Rússia deu início a uma "pré-investigação" contra Ovsyannikova por invadir o local durante a transmissão. Conforme apontou a agência de notícias Tass, a mulher pode ser acusada de desacreditar as forças armadas russas.

Antes de protestar no set do Channel One, a editora gravou uma mensagem em vídeo dizendo ser filha de um ucraniano e uma russa e encorajando a todos os russos a se manifestarem publicamente.

"Infelizmente, trabalhei no Channel One nos últimos anos, ajudando na propaganda do Kremlin. E agora estou muito envergonhada. Tenho vergonha de ter permitido que as mentiras fossem ditas nas telas da TV. Tenho vergonha de deixar o povo russo ser zumbificado", disse Ovsyannikova.

Para Ravina Shamdasani, porta-voz do escritório de direitos humanos das Nações Unidas, as autoridades russas deveriam garantir que a profissional "não sofra represálias por exercer seu direito à liberdade de expressão".

O ministro júnior do Ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, James Cleverly, declarou à BBC que o Reino Unido está "preocupado" com a segurança da editora.