Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Personagem

Edward O. Wilson, o pai da biodiversidade, morre aos 92 anos

Pioneiro nos estudos da biologia evolutiva e ganhador de dois prêmios Pulitzer, o biólogo faleceu no último domingo, 26

Pamela Malva Publicado em 27/12/2021, às 17h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Fotografia do biólogo Edward O. Wilson - Jim Harrison/ Creative Commons/ Wikimedia Commons
Fotografia do biólogo Edward O. Wilson - Jim Harrison/ Creative Commons/ Wikimedia Commons

Na manhã desta segunda-feira, 27, o E.O. Wilson Biodiversity Foundation anunciou, em nota oficial, a morte do biólogo Edward O. Wilson. Vencedor de dois prêmios Pulitzer, o cientista faleceu no último domingo, 26, em Massachusetts, segundo o UOL.

"Ele era um implacável sintetizador de ideias. Seu corajoso enfoque científico e sua voz poética transformaram nossa maneira de compreender a nós mesmos e a nosso planeta", lamentou Paula Ehrlich, presidente da E.O. Wilson Biodiversity Foundation.

Reconhecido por seus trabalhos no âmbito da biodiversidade, insetos e natureza humana, Wilson liderava campanhas para a unificação das comunidades científica e religiosa. Para ele, esse era o único caminho possível para preservar o planeta Terra.

Uma de suas teorias que mais chamava atenção, contudo, era a de que, no futuro, a humanidade seria completamente miscigenada. “Vai ser um processo irreversível, como misturar café com leite”, narrava o cientista conhecido como 'pai da biodiversidade'.

Vamos homogeneizar os países em termos raciais”, dizia. “A diversidade que vemos nas ruas de Nova York ou do Rio de Janeiro hoje será a regra em muitos outros lugares. É um cenário que me atrai muito — até porque não temos como lutar contra ele."

Para Wilson, todavia, a miscigenação “não significa que a diversidade genética vai desaparecer”. “Pelo contrário: teremos uma imensa variedade, mas as diferenças entre os países vão se tornar cada vez menores”, narrava o biólogo, que, além de suas obras e estudos, ainda era conhecido como professor emérito da Universidade Harvard.

Nascido no estado norte-americano do Alabama, o cientista estudava com afinco o mundo das sociedades formadas pelas formigas e, com o passar dos anos, tornou-se especialista no assunto. Deixando diversas teorias como herança para a humanidade, Wilson faleceu aos 92 anos. A causa de sua morte, contudo, ainda não foi revelada.