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Notícias / Arqueologia

Em Córsega, 'Cidade dos Mortos' revela 40 túmulos bastante incomuns

Enterrados em recipientes do século 4 d.C., os restos mortais de possível origem romana surpreenderam os arqueólogos

Pamela Malva Publicado em 15/04/2021, às 15h30 - Atualizado às 16h01

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Imagem meramente ilustrativa da região de Bonifacio, em Córsega - Wikimedia Commons
Imagem meramente ilustrativa da região de Bonifacio, em Córsega - Wikimedia Commons

Durante escavações na ilha de Córsega, arqueólogos do Instituto Nacional Francês de Pesquisas Arqueológicas Preventivas (INRAP) fizeram uma descoberta surpreendente. Segundo informações do jornal inglês Metro, trata-se de uma grande necrópole romana.

Chamado de “cidade dos mortos” pelos pesquisadores, o cemitério guarda cerca de 40 tumbas da primeira metade do milênio. Ao contrário do que se imagina, contudo, os restos mortais foram enterrados em grandes potes — e não em caixões, por exemplo.

Provavelmente moldados no norte da África, os recipientes eram utilizados para carregar bebidas em meados do século 4 d.C., segundo os especialistas do INRAP. Em Córsega, todavia, os potes foram usados para sepultar adultos e crianças.

Ainda de acordo com os arqueólogos, acredita-se que os 40 indivíduos encontrados na antiga necrópole tenham sido enterrados entre os séculos 3 e 6 d.C., enquanto os artefatos encontrados na região sugerem que os restos mortais são de origem romana.

Segundo o INRAP, os romanos, de fato, tomaram a cidade de Île-Rousse, onde foi feita a descoberta, na época em que os potes foram criados. Mas o costume também pode remeter às outras civilizações colonizadoras que surgiram mais tarde.

No total, a ilha de Córsega já passou por domínio cartaginense, romano, visigodo, vândalo e ostrogodo, até tornar-se um território do império bizantino em 536 d.C.. Para os arqueólogos, então, o raro achado pode indicar que “a densidade populacional na área durante meados do primeiro milênio era maior do que se imaginava”.

Sobre arqueologia

Descobertas arqueológicas milenares sempre impressionam, pois, além de revelar objetos inestimáveis, elas também, de certa forma, nos ensinam sobre como tal sociedade estudada se desenvolveu e se consolidou ao longo da história. 

Sem dúvida nenhuma, uma das que mais chamam a atenção ainda hoje é a dos egípcios antigos. Permeados por crendices em supostas maldições e pela completa admiração em grandes figuras como Cleópatra e Tutancâmon, o Egito gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma das bases da história humana e, principalmente, pelos diversos achados de pesquisadores e arqueólogos nas últimas décadas.