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Notícias / Meio Ambiente

Em meio século, seres humanos destruíram dois terços da vida selvagem no mundo

Novo relatório expõe as consequências da atividade humana no planeta Terra

Isabela Barreiros Publicado em 17/09/2020, às 10h21

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Imagem das queimadas no Pantanal brasileiro - Divulgação/Twitter
Imagem das queimadas no Pantanal brasileiro - Divulgação/Twitter

De acordo com o Relatório Planeta Vivo do Fundo Mundial para a Vida Selvagem (WWF), divulgado durante a última semana, em apenas 50 anos, o ser humano e suas atividades acabaram com pelo menos dois terços da vida selvagem global. Isso dá uma média de 68% de populações de animais dizimadas.

A pesquisadora Karin Brulliard, envolvida no estudo, explicou que o relatório analisou a situação da vida selvagem no planeta Terra no período entre 1970 e 2016. Foi estudado o tamanho da população de 4.392 espécies, entre mamíferos, pássaros, répteis, peixes e anfíbios. 

Na América Latina e no Caribe, a situação mostrou-se dramática, com o pior desempenho observado ao redor do mundo. A diminuição dessas espécies foi de 94%, sinalizando, conforme escrito pelo WWF em comunicado, “uma relação fundamentalmente rompida entre os humanos e o mundo natural".

“Você começa a ver uma imagem de um desenrolar da natureza. Isso é alarmante - e acho alarmante, até mesmo por nossas próprias medidas de alarmante”, afirmou Rebecca Shaw, cientista-chefe do WWF. Segundo ela, “stamos vendo declínios muito distintos nos ecossistemas de água doce, principalmente por causa da forma como represamos os rios e também por causa do uso de recursos de água doce para a produção de alimentos para alimentar uma população crescente de pessoas em todo o mundo”.

Desde os anos 1970, por exemplo, as espécies diminuíram pelo menos 4% ao ano, o que revela que a biodiversidade mundial já está em perigo há algum tempo, principalmente devido à destruição de seus ambientes. 

Para a secretária executiva da Convenção de Diversidade Biológica da ONU, Elizabeth Maruma Mrema a “taxa de perda de biodiversidade não tem precedentes na história da humanidade e as pressões estão se intensificando”. Ela afirma que “os sistemas vivos da Terra como um todo estão sendo comprometidos e quanto mais a humanidade explora a natureza de maneiras insustentáveis ​​e prejudica suas contribuições para as pessoas, mais prejudicamos nosso próprio bem-estar, segurança e prosperidade.”