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Notícias / Rússia

Empenho de Catarina, a Grande, por vacinação contra varíola é evidenciado em carta de 1787

A imperatriz russa instruiu autoridades a imunizarem seus súditos em um documento histórico com mais de dois séculos

Isabela Barreiros Publicado em 22/11/2021, às 12h00

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A imperatriz russa Catarina, a Grande - Aleksey Antropov via Wikimedia Commons
A imperatriz russa Catarina, a Grande - Aleksey Antropov via Wikimedia Commons

A imperatriz russa Catarina, a Grande, pediu em uma carta, escrita há mais de dois séculos, que seus súditos fossem vacinados contra a varíola, em um empenho de vacinação contra a doença que ironiza o momento atual da Rússia e seus baixos índices de imunizados contra a covid-19.

A correspondência foi escrita pela rainha no dia 20 de abril de 1787 ao conde Pyotr Rumyantsev. Nela, Catarinaordena às autoridades da atual Ucrânia que iniciem uma campanha de vacinação eficaz contra a varíola, que, na época, já afetava muitos territórios de seu reino.

Uma das [tarefas] mais importantes deveria ser a introdução da inoculação contra a varíola, que, como sabemos, causa grandes danos, especialmente entre as pessoas comuns", escreveu a imperatriz. "Essa inoculação deveria ser comum em todos os lugares", acrescentou.

A campanha instruída por Catarina também contava com recomendações práticas. Ela orientou as autoridades a construírem acomodações temporárias em mosteiros para as pessoas que ficassem doentes mesmo após serem vacinadas contra a varíola.

No momento em que a carta foi escrita, começaram a surgir os primeiros procedimentos de imunização contra o vírus, como ressalta a agência de notícias AFP. A rainha foi a primeira do império a ser vacinada contra a varíola e se tornou um exemplo para que o restante da população também recebesse as amostras.

A carta foi revelada em Moscou na última semana, após permanecer em uma coleção particular anônima. Ela deve ficar em uma exposição em uma galeria da capital russa até ir a leilão em Londres junto a um retrato da imperatriz, que devem ser vendidos por até US $1,6 milhão, aproximadamente R$ 9 milhões, no dia 1º de dezembro.

"À luz das condições atuais [com a pandemia da covid-19], devemos nos orgulhar de Catarina", disse Ekaterina MacDougall, da casa de leilões homônima que será responsável por vender a correspondência.